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sábado, 28/12/24
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2.201 casos: em 4 dias, Brasil dobra o número de pessoas com coronavírus

Em apenas um dia foram mais de 300 casos confirmados. São Paulo registra 40 mortes e o Rio de Janeiro, 6

Testes: o governo aumentou a capacidade de testagem para definir medidas para frear o avanço da Covid-19. (Pedro Vilela / Correspondente/Getty Images)

O Brasil chegou a 2.201 infectados pelo coronavírus (causador da doença Covid-19), segundo balanço diário divulgado pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira, 24. Em apenas um dia foram mais de 300 casos confirmados.

A partir desta terça, começou em São Paulo e no Rio de Janeiro a adoção da quarentena para todos os habitantes. Esta é a maior experiência de lockdown já vista (no termo em inglês usado para a paralisação das atividades). Os dois estados são os únicos que registraram mortes pela doença. São 40 vítimas em SP e 6 no RJ.

A velocidade de contágio do coronavírus tem avançado cada vez mais rápido no país. A marca dos 600 infectados foi superada em 19 de março. Em 21 de março já foram registrados 1.128 casos. Quatro dias depois, o coronavírus chegou ao patamar de 2.000 casos.

Segundo o Ministério da Saúde, este aumento significativo já era esperado. “Nós estamos acompanhando isso [o aumento no número de casos] e nós estamos ficando abaixo dos 33% que deveria aumentar por dia, como visto em outros países”, disse o secretário-executivo do ministério João Gabbardo, em entrevista coletiva nesta terça-feira

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista coletiva na semana passada, disse que os números iriam aumentar exponencialmente até o fim de junho. “Estamos imaginando que vamos trabalhar com espirais ascendentes entre abril, maio e junho. Passaremos de 60 a 90 dias de muito estresse e teremos sobrecarga”, disse.

Segundo estimativas do ministro, em julho os casos deverão entrar em recessão e em agosto e setembro o cenário deverá estar voltando a patamares menores. “Desde que a gente construa a chamada imunidade em mais de 50% das pessoas”, afirmou.

Todos os estados brasileiros têm pelo menos um caso da doença. Apesar das estatísticas diferentes em cada região, o Ministério da Saúde reconheceu na última semana que há a transmissão comunitária do coronavírus em todo país. Quando chega a esta categoria, é impossível saber de onde veio a infecção.

Leitos de UTI

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em entrevista coletiva na semana passada, disse que os números iriam aumentar exponencialmente até o fim de junho. “Estamos imaginando que vamos trabalhar com espirais ascendentes entre abril, maio e junho. Passaremos de 60 a 90 dias de muito estresse e teremos sobrecarga”, disse.

Segundo estimativas do ministro, em julho os casos deverão entrar em recessão e em agosto e setembro o cenário deverá estar voltando a patamares menores. “Desde que a gente construa a chamada imunidade em mais de 50% das pessoas”, afirmou.

Todos os estados brasileiros têm pelo menos um caso da doença. Apesar das estatísticas diferentes em cada região, o Ministério da Saúde reconheceu na última semana que há a transmissão comunitária do coronavírus em todo país. Quando chega a esta categoria, é impossível saber de onde veio a infecção.

Leitos de UTI

Para o enfrentamento ao coronavírus, o Ministério da Saúde divulgou um balanço de como está a situação de leitos de UTI no país. Segundo a pasta, o Brasil tem 55.000 leitos, o que dá uma taxa de 2,62 por 10 mil habitantes.

Países europeus que enfrentam a epidemia estão em situação pior que a brasileira. Segundo o governo, a França tem 7.000 leitos e uma taxa de 1,05 a cada 10 mil habitante, enquanto a Itália tem 5.000 leitos e uma taxa de 0,83 a cada 10 mil habitantes.

A melhor situação entre os europeus é a Alemanha que tem 25.000 leitos de UTI e uma taxa de 3,02 por 10 mil habitantes. Uma das explicações pela qual o país tem alto número de infectados mas poucas mortes.

Vacinação gripe

O governo federal antecipou o começo da campanha de vacinação contra a gripe para esta segunda-feira, 23, em todo o país. A imunização será feita em etapas. Esta primeira é voltada para pessoas acima de 60 anos e profissionais da saúde. Para aumentar a segurança, ela está sendo feita em locais abertos e com distanciamento entre as pessoas.

A partir do dia 16 de abril serão vacinados doentes crônicos, professores (rede pública e privada) e profissionais das forças de segurança e salvamento. A partir de 9 de maio vai incluir crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas com 55 a 59 anos, gestantes, pessoas com deficiência, povos indígenas e funcionários do sistema prisional.

Até o fim da tarde de terça-feira, 1.478.650 de pessoas foram imunizadas contra a gripe em todo o país. No total, o Ministério da Saúde vai disponibilizar 75 milhões de doses durante toda a campanha.

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