Templo da Assembleia de Deus desmoronou na tarde de quarta-feira (16).
Bombeiros reuniram 70 profissionais e 20 veículos nos trabalhos de resgate.
Dois homens foram retirados na madrugada desta quinta-feira (16) dos escombros da igreja evangélica que desabou durante a tarde, em Diadema, na Grande SP. O resgate ocorreu pouco antes das 4h, e os bombeiros seguem procurando uma terceira vítima que está desaparecida. O nome dela é Vanda Maria Martins, de 54 anos.
Segundo os bombeiros, uma das vítimas resgatadas nesta madrugada, um homem de 23 anos, foi levada para o Hospital das Clínicas pelo helicóptero Águia, da Polícia Militar. A outra, um homem de 44 anos, foi encaminhada para o Hospital Mário Covas. Os nomes deles são Anderson Peres Tiago e Ezequiel Matias, respectivamente. Ambos estão em estado grave, mas segundo os bombeiros eles foram levados com consciência para os hospitais.
Mais cedo, outras quatro pessoas foram socorridas: três crianças e um adulto. Algumas receberam ajuda de vizinhos logo após o acidente e duas, dos bombeiros (sendo que uma delas, uma criança, foi levada ao pronto-socorro do Hospital Estadual de Diadema).
Segundo o tenente-coronel dos Bombeiros Nauheimer, os fiéis que se feriram participavam de um culto de libertação quando o teto despencou.
A prefeitura de Diadema diz que o prédio da Assembléia de Deus estava em reforma e não tinha alvará para a obra. Segundo comunicado da administração municipal, “a Secretaria de Habitação notificou o espaço em 13 de junho e solicitou apresentação de alvará de aprovação e execução da obra. A orientação foi paralisar a obra até a apresentação dos documentos”.
O advogado da Assembleia de Deus, Kaique Nicolau de Lima, afirmou que a obra estava parada “há mais de 15 dias”. “É uma igreja antiga, com mais de 60 anos. A documentação estava sendo agilizada junto à Prefeitura”, disse.
Ao todo, 20 veículos da corporação, com 70 profissionais ao todo, atendiam a ocorrência. Eles recebiam apoio da Defesa Civil e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Em 2009, o telhado da sede da igreja Renascer, no bairro do Cambuci, na Zona Sul de São Paulo, desabou, matando nove pessoas e deixando mais de 100 feridas. No dia 2, uma juíza da capital determinou o confisco de 20% do dízimo arrecadado diariamente nos cultos da instituição para o pagamento de indenização a uma das vítimas.
A decisão da juíza Daniela Dejuste de Paula, da 21ª Vara Cível, foi publicada no Diário Oficial de 23 de maio, mas divulgada pela defesa da vítima em 2 de junho.
Procurado pelo G1, o advogado da Renascer, Roberto Ribeiro Junior, diz que estranhou a divulgação da informação pelo defesa da vítima, já que havia sido acordado entre ambos um acordo extrajudicial para pagamento de R$ 26 mil, que ainda não foi assinado.
Em 2012, a sentença condenou a instituição a pagar R$ 10 mil de indenização por danos morais. Houve recurso e, após a intimação para pagamento não ser atendida pela Renascer, a juíza mandou a penhora do caixa da igreja até o valor atualizado de R$ 27.546, informou o Tribunal de Justiça (TJ).