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segunda-feira, 23/12/24
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O mosquito Aedes aegypti vai ganhar uma força-tarefa

O combate ao mosquito Aedes aegypti vai ganhar uma força-tarefa em 20 municípios do estado de São Paulo no mês de janeiro. Policiais militares, homens do Exército e agentes da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) farão um mutirões nas cidades mais afetadas pelas doenças transmitidas pelo mosquito. Além da dengue, o mosquito transmite  chikungunya, zika vírus e febre amarela.

Além da capital paulista, irão receber a força tarefa os municípios de Campinas, Araçatuba, Ibitinga, Bauru, Tupã, São José do Rio Preto, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, São Vicente, Guarujá, São Sebastião, Ourinhos, Andradina, Birigui, Fernandopolis, Sertãozinho, São José dos Campos e Guaíra.

Serão mil homens do Exército, mil PMs através da operação delegada e mil agentes da Sucen que vão operar por dia.

Em dezembro foi dado o índice de alerta de 161 municípios com altos índices de infecção de dengue.

Para monitorar a situação dos municípios, o combate ao mosquito ganhou nesta quarta-feira (23) um centro de monitoramento no Centro Integrado de Inteligência no bairro da Luz, no Centro de São Paulo. O local foi inaugurado durante a Copa do Mundo para receber o centro de controle da Segurança Pública.

“Esses meses agora são decisivos pelo calor [no combate ao mosquito], afirmou o governador Geraldo Alckmin. “85% dos criadouros são nas residências, então são fundamentais as igrejas, escolas e a sociedade civil organizada ajudarem nesse trabalho”, disse Alckmin.

Também será lançado em 10 de janeiro um aplicativo que permitirá a população enviar fotos de focos de larvas do mosquito para mapear o risco de transmissão na cidade. Serão gastos R$ 5 milhões por mês para custear a jornada extra dos militares.

“Ninguém tem a pretensão de acabar com o mosquito, mas nós temos a pretensão de reduzir ao mínimo a infestação que já ocorre em alguns municípios”, afirmou o Secretário da Saúde David Uip. Ele negou que a ação seja tardia e diz que se reúne a cada 15 dias com municípios desde o início do ano.

Igrejas
O governo de São Paulo também fez uma parceria com líderes religiosos no estado para informar a população sobre os riscos da doença. Serão 30 mil voluntários de duas igrejas evangélicas.

“Achamos fundamental a participação da população no combate ao mosquito”, afirmou o coordenador estadual da Defesa Civil, o coronel da PM José Roberto. “Um aplicativo de celular tira foto do foco onde tem a larva e a partir daí georreferencia esse foco e manda pra sala [monitoramento] pra que a gente possa priorizar as ações”, declarou.

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