Novos confrontos entre manifestantes e policiais marcaram a terça-feira (26) em Bogotá e Neiva, no sul da Colômbia, no sexto dia de protestos contra a política econômica e social do governo do país. Durante os atos, a multidão também pediu justiça pela morte de Dilan Cruz, de 18 anos, a primeira vítima das manifestações no país.
Na capital, encapuzados armados com coquetéis molotov, pedras e outros objetos atacaram a polícia em frente à Universidade Nacional, onde centenas de estudantes protestavam. A polícia usou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para tentar dispersar quem permanecia em frente à instituição de ensino.
Estudantes entravam e saíam da universidade com pedras e bombas caseiras para lançar nos agentes. Alguns focos de incêndio foram formados na rua, e o trânsito foi totalmente interditado. Muitas pessoas que estavam no transporte público precisaram continuar o caminho a pé.
Para dificultar a ação policial, os estudantes apontavam um laser verde em direção ao rosto dos agentes.
Dilan Cruz
Pela manhã, centenas de estudantes da mesma universidade bloquearam a avenida que leva ao aeroporto de Bogotá para pedir justiça pela morte de Dilan Cruz. Confirmado na segunda-feira (25), o falecimento do jovem comoveu o país e o tornou um símbolo de resistência.
Cruz passou três dias internado com ferimentos graves na cabeça devido a uma bomba de efeito moral lançada no sábado (23) pela polícia, durante um protesto no centro de Bogotá.