Senador é investigado devido a movimentações suspeitas na conta do seu assessor Fabrício Queiroz
São Paulo — O advogado Frederik Wassef, responsável pela defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), no caso das movimentações suspeitas apontadas pelo Coaf, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que setores interessados em desgastar o governo tentam transformar em “monstro” o ex-capitão da PM e miliciano Adriano Nóbrega, com o objetivo de vinculá-lo ao seu cliente e ao presidente Jair Bolsonaro.
Nesta semana, também veio a público a informação de que o assessor Fabrício Queiroz continuou a agir como funcionário do gabinete de Flávio, então deputado estadual, mesmo depois de ter sido exonerado.
Ele manteve contato com Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega – ex-mulher de Adriano Nóbrega, um dos milicianos mais procurados do Rio.
Como um funcionário que já foi exonerado do gabinete do senador Flávio pode demitir outra pessoa do mesmo gabinete?
Estes fatos se deram em dezembro de 2018, no final do mandato parlamentar. Todos os funcionários já tinham sido demitidos.
Estas mensagens reforçam suspeitas de vínculo entre Flávio e milícias?
Essa história de tentar vincular milícias com Flávio Bolsonaro é absolutamente falsa, inverídica e leviana. Jamais existiu qualquer vínculo do senador Flávio com qualquer milícia ou criminosos.
Qual era a relação do senador Flávio com Adriano Nóbrega?
Falam muito da ex-mulher e da mãe dessa pessoa que chamam de miliciano. Desafio a imprensa a responder se existe alguma sentença condenatória transitada em julgado no Judiciário brasileiro afirmando que o capitão Adriano é miliciano, é criminoso, foi condenado. Não existe. Essa história foi uma forçação de barra de gente que está querendo transformar este capitão em um grande vilão com o objetivo específico de tentar atingir a imagem e a reputação do Flávio.
Por que Flávio homenageou o capitão Adriano?
Quando o senador homenageou o capitão, ele era um herói da PM com ficha limpa, prestou grande serviço à sociedade e nada maculava a sua conduta. O senador não tem bola de cristal para imaginar que dez anos depois este capitão poderia ser envolvido em qualquer tipo de investigação.
Mas hoje ele é suspeito de liderar milícias.
Essa conduta de pegar essa pessoa, o capitão Adriano, dizer deliberadamente que é miliciano, transformá-lo em monstro para depois casar com o meu cliente é uma prática perigosa para a democracia brasileira.
Essa mensagem não pode ser usada pela acusação como tentativa de obstruir a investigação?
O que está em curso aqui é uma campanha para atingir o presidente da República, é uma campanha que não para e que começou antes mesmo de o Jair Bolsonaro sentar na cadeira. Não existe fato novo.