Em referência ao Outubro Rosa, ações buscam orientar população contra a doença
Lançamento da exposição A Força da Mulher na Câmara Legislativa (foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
O Outubro Rosa chama a atenção para uma realidade difícil, mas que pode ser prevenida. O câncer de mama, quando diagnosticado precocemente, tem 95% de chance de cura. Por isso, mulheres e homens precisam estar atentos aos sinais. O mês dedicado à prevenção da doença é marcado por eventos voltados para o tema. O intuito é orientar e incentivar mulheres a realizar o autoexame, fazer os exames necessários e evitar uma eventual descoberta tardia.
O câncer de mama é o tipo mais comum da doença entre as mulheres, no mundo e no Brasil, depois do de pele não melanoma. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), historicamente, o Distrito Federal é a quarta unidade da Federação em novos casos da enfermidade, apresentando mil por ano. No Brasil, estima-se quase 60 mil novos diagnósticos anualmente.
Como a doença não exige notificação e muitas pessoas procuram atendimento particular, não há dados que apresentam, efetivamente, o número de pessoas diagnosticadas com a enfermidade. Sabe-se que na capital cerca de 60% das pacientes com câncer de mama dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento.
Desde o início do mês, diversas ações ocorrem para disseminar informações sobre o câncer de mama. A Secretaria de Saúde lançou uma programação especial para o período. Até 31 de outubro, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e as policlínicas avaliarão as pacientes com mamografias, reconstrução mamária e distribuição de próteses externas e exame de prevenção.
De acordo com a pasta, no DF, não há fila de espera para a realização de mamografias. São oferecidas quase 3 mil vagas do exame por mês. Durante a campanha do Outubro Rosa, as pacientes podem procurar qualquer UBS ou policlínica, independentemente de onde more. A secretaria espera realizar 100 mil atendimentos este mês.
A Policlínica da 514 Sul abriu as portas para o exame de prevenção, encaminhamento para ecografia transvaginal e mamografia. Excepcionalmente em outubro, o atendimento será feito por cinco ginecologistas obstetras. Nesse tipo de assistência, não há a necessidade de agendamento. A paciente interessada procura pelo serviço e recebe acolhimento. O serviço é realizado por enfermeiros e técnicos de enfermagem na Sala da Mulher, chamada de Espaço Rosa. Em seguida, são conduzidas para os testes rápidos de HIV, sífilis e hepatite B e C.
Superação
Além das programações da saúde, outras ações se destacam. Na semana passada, a Recomeçar — Associação de Mulheres Mastectomizadas de Brasília lançou a exposição fotográfica A Força da Mulher. A mostra retrata a história de seis mulheres que tiveram o órgão reconstruído após mutilação decorrente do tratamento contra o câncer de mama. Por meio das fotos, elas mostram o resgate da autoestima, da feminilidade e da confiança. O intuito é apresentar uma abordagem positiva, focada na recuperação e na superação, além da reinserção e interação ativa delas na sociedade como transformadoras sociais.
A presidente e fundadora da Recomeçar, Joana Jeker, também venceu o câncer de mama. Ela recebeu o diagnóstico em 2007. À época, morava na Austrália e voltou ao Brasil para iniciar o tratamento e a reconstrução do seio no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Em 2011, fundou a associação e, desde então, tem trabalhado, ao lado de voluntárias, para fortalecer mulheres que descobriram a doença recentemente. “Queremos mostrar o que é o câncer. Essa é nossa forma de estimular e quebrar o tabu de que a doença é ligada à morte. Não, ela é, na verdade, um recomeço”, afirmou.
Para a aposentada Val Costa, 65 anos, ações como as que ocorrem durante o Outubro Rosa podem salvar vidas. Foi em um autoexame que ela descobriu o câncer de mama. “Se eu não conhecesse o meu corpo, o nódulo passaria despercebido. A exposição é uma forma de despertar as mulheres e dizer que somos sobreviventes. O nosso papel é esse: ajudar a conscientizar que a luta é grande e que a gente tem de ir sem medo”, ressaltou.
A dona de casa Sheyla Machado, 52, chegou a fazer a mamografia, mas percebeu a doença pelo toque. “É importante lembrar que o nódulo não aparece só na mama. No meu caso, ele apareceu embaixo, em uma parte que o mamógrafo não identificou. O Outubro Rosa é importante para isso. A gente conta a nossa experiência e alerta as outras mulheres. Depois de mim, outras familiares foram diagnosticadas com o câncer de mama. E eu virei um símbolo de força para elas”, contou.
Programe-se
Saúde
» Mamografia
» Em qualquer nidade Básica de
» Saúde (UBS) ou policlínica
» Até 31 de outubro
» Reconstrução Mamária
» Hospital Regional de Taguatinga (HRT)
» De 21 a 25 de outubro
» Distribuição de próteses mamárias externas
» Núcleo Ambulatorial de Órteses e Próteses e Materiais Especiais, na Estação de Metrô 114 Sul
» Até 31 de outubro (até a data, será feito o cadastro para, posteriormente, retirar o acessório, confeccionado sob medida)
» Exame de prevenção e encaminhamento para ecografia transvaginal e mamografia
» Policlínica da 514 Sul
» Até 31 de outubro
» De segunda a sexta-feira, das 7h às 12h, e das 13h às 18h
» Não há necessidade de agendamento
Exposição
» A Força da Mulher
» Galeria do Senado Federal
» Até 18 de outubro
» Espaço Mário Covas da Câmara dos Deputados
» De 21 a 25 de outubro
» Hall de entrada do Plenário da Câmara Legislativa
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