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sábado, 23/11/24
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Com ‘caderno de propinas’ de Kirchner, Macri tenta chegar no segundo turno no domingo

De acordo com o instituto de pesquisas online Clivajes, a chapa de Cristina Kirchner deve ficar com 53,7% dos votos válidos contra 33,2% de Macri

Depois da divulgação das pesquisas sobre as eleições na Argentina, em que o atual presidente, Mauricio Macri, aparece perdendo logo no primeiro turno para a chapa de Alberto Fernández e Cristina Kirchner por mais de 20 pontos de diferença, Macri tenta procurar soluções para, pelo menos, chegar no segundo turno neste domingo (27).

Em entrevista ao Jornal da Manhã nesta quinta-feira (24), o jornalista Roberto Lameirinhas disse que essa solução pode ter aparecido. De acordo com ele, na noite desta quarta-feira (23), a campanha de de Macri diz ter encontrado um caderno que “pode servir como evidência que o casal Kirchner, Cristina e Nestor, recebeu propinas entre 2009 e 2011 por meio de caixas, envelopes e sacolas de dinheiro entregues por um motorista, que anotou essas atividades”.

Segundo Lameirinhas, o caso já era investigado pela Justiça da Argentina, ma ganhou novos ares após essas anotações supostamente terem chegado às mãos do atual presidente. “Agora, o que se espera na campanha de Macri é que essas denúncias, essa nova aparição, consiga reverter a tendência que as pesquisas vem mostrando nos últimos dias”, explicou.

O jornalista afirma que, caso Macri consiga chegar em um segundo turno, sua proposta é tratar essa nova etapa como uma “nova eleição”. “Se eles conseguirem reverter esse quadro [de perda em primeiro turno], o que é absolutamente difícil, vão tratar como nova eleição. Para isso, seriam necessários vários fatores combinados que fizessem com que a chapa de Fernández e Kirchner perdessem uma grande quantidade de votos, enquanto Macri conseguisse convencer seu eleitorado que as dificuldades econômicas que o país enfrenta são, na verdade, produtos da gestão passada, de Kirchner.”

“Então existe essa aposta em zerar o placar em segundo turno e apostar na tecla da corrupção e moralidade pública, que consiga reverter esse quadro em um eventual segundo turno, mas é muito improvável”, finalizou.

 

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