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sábado, 23/11/24
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Moro lamenta queda do Brasil em ranking sobre corrupção

Ministro comentou pesquisa ao anunciar canal de denúncias para empresas; o Brasil caiu uma posição no ranking de 2019, divulgado na semana passada

Sergio Moro: ministro citou a Operação Lava-Jato como um esforço no sentido contrário (Adriano Machado/Reuters)

Brasília — O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, lamentou, em evento nesta quarta-feira (29), a queda do Brasil no ranking sobre percepção de corrupção da Transparência Internacional. Ele citou a Operação Lava-Jato como um esforço no sentido contrário.

“Eu vi com certo pesar na semana passada os resultados dos indicadores da Transparência Internacional que revelam algo que já vinha de outros anos, apesar de todos os esforços que o Brasil tem realizado contra a corrupção nos últimos anos, foram esforços significativos.”

O Brasil caiu uma posição no ranking de 2019, divulgado na semana passada. O país passou a ocupar 106ª posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC). Esse é o quinto recuo seguido do país e representa o pior resultado desde 2012. A pesquisa mede a percepção da população sobre a corrupção. Quanto melhor a posição no ranking, menos o país é considerado corrupto.

“Eu destacaria aqui os trabalhos anticorrupção que foram feitos no âmbito da Operação Lava-Jato, em que houve prisões e condenações de pessoas envolvidas em alta corrupção. Poucos países do mundo fizeram o que o Brasil fez.”

Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro, segundo Moro, rompeu com uma prática que “se deturpou” com o tempo, o loteamento político-partidário da administração pública. O ministro diz que sua presença na Esplanada se deve a esse fato.

“Não que indicações políticas sejam um mal em si, mas elas foram utilizadas no passado para fins de enriquecimento ilícito e financiamento ilegal de partidos políticos. O presidente teve esse grande mérito de romper com isso.”

No evento, o ministério lançou um canal para receber denúncias de atos ilícitos praticados contra a administração pública em parceria com a ICC (Câmara Internacional de Comércio), uma plataforma voltada para empresas. As denúncias serão analisadas pela ouvidoria do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

 

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