Após quase uma década fechado, MAB passará por reforma

Publicado por Redação em

Espaço se adequará às normas internacionais de museus

Fechado há quase dez anos por determinação do Ministério Público, o Museu de Artes de Brasília (MAB) será reformado para receber o acervo de quase 2 mil obras do Distrito Federal e também exposições itinerantes.

A licitação de concorrência para realização das obras foi publicada nesta quarta-feira (19) no Diário Oficial do Distrito Federal. A estimativa é que, respeitando todos os prazos, a obra comece dentro de 60 dias e dure cerca de oito meses. O valor total do investimento será de R$ 3,4 milhões.

“A política de recuperação de espaços culturais que já entregou o Catetinho restaurado, o Panteão da Pátria, o Cine Brasília e entregará nos próximos dias a Casa do Cantador encara agora outro grande desafio, que é a reforma e restauração do MAB”, afirma o secretário de Cultura do DF, Hamilton Pereira.

“Este é um espaço cultural de alta relevância para a capital da República e foi entregue à sociedade em pleno funcionamento ao final do governo democrático popular liderado por Cristovam Buarque e teve suas portas fechadas por determinação do Ministério Público há quase dez anos durante o governo Arruda”, completou.

Mudanças
A principal mudança prevista é para adequar o MAB às regras internacionais do Conselho Internacional de Museus (Icom) e criar condições para que ele possa funcionar como tal.

“Estão sendo investidos mais de R$ 3 milhões para sua recuperação plena, para que o MAB possa abrigar o acervo de quase duas mil obras pertencentes ao DF e para que possa prestar à sociedade de Brasília de forma adequada o serviço cultural que lhe corresponde”, avaliou o secretário.

O local foi criado como um casarão do samba da elite que ajudou a construir Brasília e se transformou em museu anos depois, sem as adaptações que um prédio assim exigem.

A primeira questão é tornar os três pavimentos adequados para receber as obras, com iluminação, temperatura e ventilação ideais. O projeto básico prevê, por exemplo, um talude que retire a terra ao redor do MAB e transforme o pavimento que hoje é subsolo em térreo.

No pavimento criado ficarão a reserva técnica com o acervo, dois laboratórios de restauro, um espaço para quarentena e triagem das obras, banheiros e uma sala multiuso com capacidade de até 120 lugares para debates, palestras, encontros, entre outros.

No primeiro pavimento, além da área livre de exposições, haverá um café, banheiros e uma escada de serviço. Já no segundo andar, haverá área de exposição, banheiros e área administrativa.

A obra prevê que sejam refeitas as instalações elétricas, hidráulicas, adaptações para acessibilidade e entrada e saída de cargas.


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