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Equilíbrio fiscal será possível lá pelo ano de 2023 ou 2024, diz Mourão

Vice-presidente participou nesta quarta-feira de live mediada pelo economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita

(Curitiba – PR, 28/06/2019) Presidente da República em Exercício Hamilton Martins Mourão apresenta palestra no Graciosa Country Club. (Romério Cunha/VPR/Flickr)

O vice-presidente da República Hamilton Mourão reafirmou nesta quarta-feira, 29, o compromisso do governo com a recuperação fiscal do Brasil após de passada a pandemia do novo coronavírus.

“Esse norte não está perdido. Nesse momento foi mais do que necessária a intervenção estatal. Mas isso é temporário. Agora, sobre a redução do déficit fiscal, um equilíbrio vai vir lá pelo ano de 2023 ou 2024”, disse em live mediada pelo economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita.

Mourão afirmou ainda que vê uma recuperação não linear da atividade no segundo semestre: “Alguns setores vão ter mais dificuldade do que outros. Por outro lado, este é o momento ideal para que ocorra a disrupção criativa. O uso da tecnologia na produção pode ser acelerada nesse processo.

O vice-presidente acha que será necessário um “empurrão” no setor de infraestrutura nesse processo, mas “dentro dos limites da capacidade do governo”: “É o setor que emprega mais”, disse.

Bolsonaro e o Centrão

Mourão falou sobre criticas que o presidente Jair Bolsonaro vem recebendo por se aproximar dos deputados do chamado Centrão, na Câmara. Sobre isso, ele diz que o país vive há algum tempo uma crise politica causada pela fragmentação do sistema, onde a quantidade de partidos atrapalha a formação de maiorias estáveis no Congresso.

Ele diz que, no início de sua gestão, Bolsonaro buscou, por meio das bancadas temáticas, formar maiorias provisórias para apoiar grandes eixos de seu programa de governo, no entanto, “o presidente entendeu que tem que mudar caracteristicas e vem se aproximando de grupos políticos”, como o Centrão. “A gente tem que lidar com os partidos e buscar extrair o melhor de cada um deles”, disse.

Embraer e Boeing

A parceria da Embraer e da Boeing na parte comercial da empresa brasileira foi uma das vitimas da pandemia do coronavírus, ressaltou Mourão. “O acordo, na minha visão, já vinha fazendo água há um bom tempo, com a quebra de confiança na Boeing após duas quedas de modelos considerados como carro-chefe da companhia”, diz.

O vice-presidente disse, no entanto, que a empresa pode aproveitar oportunidades na aviação regional e no mercado chinês: “A Embraer poderá ter parcela significativa do mercado chinês se quiser. Há uma avenida aberta para a empresa avançar aí”, diz. Mourão disse ainda que o presidente da Embraer e ele conversaram recentemente sobre o assunto e ambos concordam na oportunidade de avanço e “que há males que vem para o bem”.

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