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domingo, 22/09/24
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Dólar sobe com escalada de tensões entre China e Estados Unidos

Mercado mantém cautela antes de Presidente Donald Trump tratar de tema em coletiva de imprensa

Mercado mantém cautela antes de Presidente Donald Trump tratar de tema em coletiva de imprensa

O dólar sobe frente ao real, nesta sexta-feira, 29, com a apreensão dos investidores antes da coletiva de imprensa em que o presidente Donald Trump irá tratar de assuntos relacionados à China. Às 13h20, o dólar comercial subia 0,7% e era negociado por 5,425 reais, enquanto o dólar turismo, com menor liquidez, avançava 2,5%, cotado a 5,73 reais.

A expectativa é a de que o presidente americano anuncie medidas duras como forma de retaliação à tentativa da China de aumentar o controle sobre Hong Kong. Nesta semana, o parlamento chinês aprovou a lei de segurança nacional, motivo de protestos no território autônomo. “Se ele anunciar sanções vai azedar o mercado”, disse Jefferson Ruik, diretor de câmbio da Correparti.

Ruik também avalia que o a “briga da Ptax” de fim de mês pode pressionado o dólar para cima. A taxa serve como referência para contratos em dólar. Para definir a taxa, o Banco Central realiza quatro consultas ao mercado, sendo a última se encerrou às 13h10.

Apesar do tom negativo para a moeda local, o dólar chegou a abrir em queda frente ao real, logo após Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) divulgar que o produto interno bruto (PIB) do primeiro trimestre teve contração de 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado. A mediana das projeções do mercado apontava para uma queda de 0,4%.“O mercado gostou. Esse 0,1% faz toda diferença”, afirmou Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus.

Laatus também destacou que o último pronunciamento do presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto também ajudou a fortalecer o real na abertura. Na véspera, o presidente do BC disse que estava preparado para atuações mais incisivas no câmbio, antes de o real sair das mínimas do ano. “Ele mandou um recado claro. Quem apostar contra o real vai quebrar a cara”, disse Laatus.

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