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sábado, 23/11/24
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Washington inicia reabertura em dia que Trump fala sobre a China

Com poucos casos, capital americana autoriza funcionamento de restaurantes e lojas da varejo. Na seara política, Trump convocou uma coletiva sobre a Ásia

TRUMP EM DC: enquanto a capital reabre após dois meses em isolamento, presidente pode impor novas restrições à China (Carlos Barria/File Photo/Reuters)

Com mais de 1,7 milhão de casos confirmados de covid-19 e 101.500 mortos, os Estados Unidos começam a relaxar as restrições impostas na capital do país, Washington DC. A partir desta sexta-feira, 29, vários negócios considerados não essenciais poderão retomar suas atividades em Washington após quase dois meses de quarentena. A prefeita Muriel Bowser afirmou que a reabertura será gradual e cautelosa para evitar novos picos do novo coronavírus.

Restaurantes poderão atender ao ar livre com mesas a 1,80 metro de distância e lojas de varejo só poderão receber clientes na calçada. Barbearias e salões de beleza, só clientes com hora marcada, e com manicures ainda vetadas. Aglomerações de mais de dez pessoas estão proibidas, incluindo cultos religiosos.

A sexta-feira será também agitada no centro político americano. Além dos protestos em Minneapolis e as desavenças da Casa Branca com o Twitter, que estão tomando o noticiário do país, o presidente Donald Trump marcou para hoje uma coletiva de imprensa onde diz que irá se manifestar sobre as restrições da China a Hong Kong.

O Parlamento chinês passou nesta semana uma lei sobre segurança nacional em Hong Kong que, segundo seus críticos, pode restringir a liberdade da ilha. Hong Kong é um território autônomo desde que deixou de ser colônia do Reino Unido, em 1997. A ameaça de restrições vindas da China levou às ruas no ano passado milhares de habitantes da ilha, sobretudo estudantes. Os protestos foram interrompidos por causa do coronavírus, mas, mesmo com a doença ainda um risco, manifestantes voltaram a protestar nesta semana após a decisão de Pequim. O secretário de estado Mike Pompeo disse nesta semana que, com a nova lei, Hong Kong não era mais autônoma perante a China.

Trump não deu detalhes sobre a coletiva, mas o temor nos mercados é de que o presidente americano possa impor restrições à China e acirrar a guerra comercial entre os países. Uma possibilidade ainda não confirmada é que os EUA retire o tratamento especial a Hong Kong, que não sofre as mesmas restrições e tarifas comerciais direcionadas à China continental.

Até ontem, na capital Washington DC, eram menos de 8.500 casos confirmados e 450 mortos. Nos estados vizinhos de Maryland e Virgínia, nos quais muitas pessoas trabalham em DC, o número sobe para 8.500 casos e 450 mortos, e com um grande percentual de testes positivos sendo registrados. Ainda assim, por enquanto, a capital americana não está no foco das preocupações de coronavírus nos EUA, com os olhos mais voltados para as decisões políticas que afetam o resto do país e do mundo do que para o número de casos.

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