Relatório da ONU divulgado nesta quarta-feira, 15, mostra que o crime organizado tomou conta do garimpo na Amazônia venezuelana
Sem emprego e dinheiro para comprar produtos básicos como leite e medicamentos, os venezuelanos têm se submetido cada vez mais a trabalhos de qualquer espécie. Vale até garimpar ouro e diamante em plena floresta amazônica, sem qualquer tipo de proteção — a região possui grandes reservas minerais, o que tem atraído grupos criminosos. Muitas vezes, os venezuelanos acabam caindo nas mãos de redes de crime organizado.
Um estudo da ONU publicado nesta quarta-feira, 15, aponta que as minas de ouro e diamantes na Amazônia venezuelana, que valem milhões de dólares, foram dominadas por grupos que atuam de forma ilegal. Alguns têm ligação com redes que operam no restante da América Latina e de outras regiões do mundo.
O relatório da ONU traz informações alarmantes. “Boa parte da atividade mineradora é controlada por grupos criminais e elementos armados. Eles determinam quem entra e quem sai das minas e se beneficiam economicamente dos ganhos obtidos, inclusive com a cobrança de taxas proteção dos garimpeiros”, diz o estudo.
Também há indícios de que grupos paramilitares como o libanês Hezzbollah, apoiado pelo Irã, atuem no país, exercendo atividades que podem ir do contrabando de mercadorias ao treinamento de mercenários. O próprio governo venezuelano não está livre de acusações sobre possíveis ligações com o crime organizado internacional.
“A Venezuela foi tomada por grupos que exercem atividades criminosas”, afirma Maria Teresa Belandría, embaixadora extraordinária da Venezuela no Brasil, que representa o líder da oposição Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela em janeiro de 2019. “Há desde o tráfico de drogas, metais preciosos e até armamentos, realizados com apoio de grupos como as Farcs e operativos iranianos.”
“A Venezuela foi tomada por grupos que exercem atividades criminosas”, afirma Maria Teresa Belandría, embaixadora extraordinária da Venezuela no Brasil, que representa o líder da oposição Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela em janeiro de 2019. “Há desde o tráfico de drogas, metais preciosos e até armamentos, realizados com apoio de grupos como as Farcs e operativos iranianos.”