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sábado, 23/11/24
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O alvo dos boatos é a privatização, não Salim Mattar

Correram boatos nesta semana que Salim estaria deixando o governo, abalado por uma disputa sobre quem comandaria a privatização dos Correios e da Telebras

Salim Mattar: como todo empresário de sucesso, pode ser considerado um obstinado (Amanda Perobelli/Reuters)

Existem pessoas teimosas. E há aquelas que são obstinadas.

Muitas vezes, confundimos um tipo com o outro. Mas o fato é que as características dessas personalidades são completamente diferentes. Os teimosos têm cabeça dura e se mostram sem jogo de cintura algum. Já os obstinados têm missão e propósito. Miram em um objetivo e marcham céleres para alcançá-lo. O mundo empresarial conta com inúmeros obstinados no rol dos bem-sucedidos. E tem uma verdadeira montanha de teimosos no campo dos fracassos.

Como todo empresário de sucesso, Salim Mattar pode ser considerado um obstinado. Além disso, parece ser movido por uma energia inesgotável, como aquele coelho do comercial de pilhas alcalinas. Quando resolveu sair da iniciativa privada, ele já estava se dedicando há um bom tempo à causa liberal. Patrocinava institutos que defendiam os pensamentos de Friedrich Hayek, Adam Smith, Milton Friedman e Ludwig Von Mises – nessas entidades, envolvia-se diretamente em suas ações e não raro colocava mais a mão na massa nos projetos do que os próprios funcionários das instituições.

Além disso, tinha preocupação especial em formar novos talentos e jovens lideranças. Voava pelo país para conversar com quem tinha ideias modernas e mostrava uma curiosidade espantosa para quem já havia passado a barreira dos 60 anos.

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