Resultado dos sete primeiros meses do ano é reflexo da safra recorde de grãos e das exportações, segundo a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária. Em julho, aumento foi de 1,26%
Único setor pelo lado da oferta a manter os índices de crescimento positivos em plena pandemia, o agronegócio segue pujante graças às safras recordes de grãos. O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio cresceu 6,75% de janeiro a julho de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
O resultado foi puxado, principalmente, pela safra recorde de grãos, que tem garantido atendimento à crescente demanda internacional e ao mercado doméstico, e pelas exportações, diante do “efeito China”, que favoreceu a rentabilidade e a competitividade do setor com a desvalorização do real frente ao dólar.
A atividade primária (dentro da porteira) ajudou a impulsionar o resultado nos primeiros sete meses, com crescimento de 18,46%. Serviços e insumos tiveram expansão de 6% e 2,4%, respectivamente. Apenas a agroindústria teve queda no acumulado do ano, de 0,37%, ainda reflexo dos efeitos da covid-19, sendo o elo mais afetado.
No ramo agrícola, o PIB teve alta de 4,3% nos sete primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2019. O resultado reflete, principalmente, os preços maiores, com destaque para café, milho, soja e trigo, assim como a expectativa de maior produção na safra atual, com recorde de grãos e expansão para produtos como café e laranja.
Já a cadeia produtiva da pecuária teve elevação de 12,25% de janeiro a julho, com expansão significativa em todos os elos, impulsionada pela valorização das proteínas animais, sendo que, em julho, o movimento de alta foi intensificado. No desempenho mensal, o PIB do agronegócio cresceu 1,26%, sétima elevação consecutiva. O setor primário cresceu 2,95%, seguido por serviços (1,03%) e insumos (0,55%).