Aulas estão suspensas desde março devido a pandemia de Covid-19. Primeira etapa do censo sorológico da Educação apontou que 13,2% dos alunos, professores e funcionários da rede municipal testados tiveram contato com a doença.
A Prefeitura de São Paulo autorizou o retorno das aulas regulares presenciais somente para os alunos do Ensino Médio no dia 3 de novembro. Já para os estudantes dos ensinos infantil e fundamental foram mantidas as atividades extracurriculares, segundo informou o prefeito Bruno Covas (PSDB), no início da tarde desta quinta-feira (22).
A autorização é válida para alunos das redes municipal, estadual e privada na capital paulista. E o retorno às aulas é facultativo. As aulas estavam suspensas desde março devido a quarentena provocada pela pandemia de coronavírus.
Veja como fica a volta às aulas:
- Ensino Infantil: estão permitidas apenas atividades extracurriculares
- Ensino Fundamental: mantidas atividades extracurriculares
- Ensino Médio: retorno às aulas presenciais em 3 de novembro
“Seguindo a recomendação da área da saúde, a Prefeitura de São Paulo vai manter apenas as atividades extracurriculares para o ensino infantil e para o ensino fundamental e vai autorizar o retorno às aulas para o ensino médio a partir do dia 3 de novembro aqui na cidade. Lembrando que essa autorização para o retorno é para as três redes: a rede municipal, a rede estadual e a rede privada. Ela é voluntária para os pais, de acordo com a decisão já do Conselho Nacional de Educação, e ela deve seguir os protocolos sanitários já estabelecidos”, afirmou Covas.
Após a divulgação da segunda fase do censo sorológico, em 19 de novembro, será definido a data de retorno dos demais alunos.
“Queria anunciar também que no dia 19 de novembro, com base na segunda fase do censo sorológico e com a evolução da pandemia na cidade de São Paulo, nós teremos uma nova coletiva para anunciar o que acontece e o que fica autorizado na cidade de São Paulo em relação a área da educação a partir do dia 1º de dezembro”, disse o prefeito.
Os alunos do Ensino Médio que decidirem voltar para as escolas farão uma prova para medir o que aprenderam no período de aulas remotas. Com o resultado dessa avaliação, serão definidas estratégias de reforço pedagógico.
O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa da divulgação da primeira etapa do censo sorológico realizada com alunos, professores e funcionários da rede municipal de ensino. A primeira fase realizou testes em 65.400 mil pessoas até 21 de outubro e foi detectado que 13,2% do público alvo já teve contato com o vírus da Covid-19. Entre os positivos, as crianças e adolescentes são a maioria dos infectados.
De acordo com Covas, somente os docentes que já tiveram a doença retornarão para as escolas. “Nós vamos chamar para voltar para dentro da sala de aula apenas os professores que já estão imunizados de acordo com o censo que está sendo realizado pela Prefeitura de São Paulo.”
Ao todo, a Prefeitura de São Paulo estima realizar testes em 675 mil alunos e 120 mil professores e funcionários. A realização dos testes não é obrigatória.
O censo realiza exames sorológicos que avaliam a presença de anticorpos específicos no sangue e identifica quem já teve a doença. No entanto, a presença de anticorpos no organismo não significa que a pessoa esteja imune.
O retorno às aulas presenciais para os estudantes do ensino superior estavam autorizadas na cidade desde o dia 7 de outubro, além de atividades extracurriculares para os ensinos infantil, fundamental e médio.
Rede municipal
Segundo o secretário municipal da Educação, Bruno Caetano, as escolas da rede estão preparadas para receber os alunos tanto para aulas regulares como para as atividades extracurriculares com o cumprimento de todas as regras sanitárias.
Atividades extracurriculares
Desde o dia 7 de outubro, as escolas do estado de São Paulo estavam autorizadas a receber alunos presencialmente, mas apenas para a realização de atividades extracurriculares nos ensinos infantil, fundamental e médio. O governo do estado deixou a decisão do retorno às aulas presenciais para cada município definir.
Na capital paulista, a retomada para atividades extracurriculares foi autorizada na mesma data, mas a ocupação máxima foi de 20% da capacidade de alunos das escolas e com frequência de, no máximo, duas vezes por semana e pelo período de até duas horas para atividades culturais, cursos de idiomas, atividades esportivas que não sejam coletivas, aulas de música, aulas de reforço e acolhimento (veja as regras aqui).