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Ibovespa vira para queda com temores sobre 2ª onda; Dow Jones cai 3%

Resultados corporativos e expectativa sobre balanços contribuem para bom humor na bolsa; no exterior, falta de estímulo e alta dos casos de covid preocupam

Pregão; iBovespa; Mega Bolsa; B3; Investidores, Economia
Foto: Germano Lüders
20/05/2014

Depois de permanecer em leve alta pela manhã desta segunda-feira, 26, a bolsa brasileira virou para queda, refletindo tom negativo no exterior, com a alta do número de casos nos Estados Unidos e na Europa, onde países como Itália e Espanha retomaram medidas de isolamento para conter a segunda onda de contaminação. No mercado local, mesmo balanços corporativos positivos e otimismo sobre a temporada de balanços, o Ibovespa, caia 0,82% para 100.424 pontos, às 13h59. O dólar que chegou a subir 0,8% contra o real no início do dia, é negociado próximo da estabilidade a 5,629 reais na venda.

Entre os principais componentes do Ibovespa, as ações dos grandes bancos sobem antes do resultado do Santander impedem que o índice caia ainda mais. No entanto, as ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) caem quase 3%, em linha com a depreciação do barril de petróleo no mercado internacional. Há temores de que a segunda onda de coronavírus impacte negativamente a demanda pela commodity. Também com peso relevante no índice, as ações da Vale recuam 1,7%, após queda do minério de ferro na China.

Além das preocupações sobre a doença, no mercado internacional, os investidores ainda seguem atentos às negociações sobre o pacote de estímulo americano. Segundo a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, o presidente Donald Trump está avaliando a última proposta e pode dar uma resposta ainda hoje. No mercado, o sentimento é de que não haverá tempo hábil para o pacote ser aprovado antes das eleições americanas. No mercado americano, o S&P 500 recua 2,39% , o Dow Jones, 2,91% e o Nasdaq, 2,25%.

Na Europa, onde as bolsas também operam no vermelho, o destaque negativo fica para o índice da DAX da bolsa de Frankfurt, que fechou em queda de 3,71%, após dados do Instituto For Economics Research apontar que o clima e as expectativas de negociações estão abaixo do esperado na Alemanha. O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,81%.

Em meio ao cenário de pessimismo no mundo, o dólar se fortalece contra divisas desenvolvidas e emergentes. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana contra seus pares sobe 0,29%. No mercado de câmbio, o destaque negativo segue com a lira turca, que se desvaloriza quase 2%. Na semana passada, a decisão do governo de turca de manter a taxa de juros frustrou as expectativas do mercado, que aguardava a elevação da taxa de juros, que está a 10,25% ao ano.

Nesta semana, haverá decisão sobre a taxa de juros do Bank of Japan (BoJ), do Banco Central Europeu (BCE) e, aqui no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) começa a reunião amanhã, 27, para a decisão de quarta-feira, 28. Ainda que tenha aumentado os temores sobre inflação, que vem superando as estimativas do mercado, os investidores seguem apostando na manutenção da taxa Selic a 2% ao ano.

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