Hospital Regional da Ceilândia (HRC), no DF, recebe instalação de leitos em anexo construído por meio de doações — Foto: Marcus Bezerra/TV Globo
Índice de pessoas que tiveram contato com vírus é de 23% em Brasília. Pesquisadores entendem que proporção de imunidade, ou ‘imunidade de rebanho’, que indica resistência à doença, deve ser de 70%.
Hospital Regional da Ceilândia (HRC), no DF, recebe instalação de leitos em anexo construído por meio de doações — Foto: Marcus Bezerra/TV Globo
Com 3,8 mil mortes por Covid-19, registradas nesta segunda-feira (23), o Distrito Federal tem uma taxa de 1.282 vítimas para cada um milhão de habitantes. A taxa é a maior do país, segundo pesquisa que analisou dados das Secretarias de Saúde dos estados e do DF, divulgados até domingo (22).
De acordo com a publicação, a curva de infecção da Covid-19 pode crescer na capital, com risco de segunda onda, já que há estimativa de que apenas 23% das pessoas tiveram contato com o vírus. A proporção de imunidade, ou ‘imunidade de rebanho’, que indica resistência à doença, deve ser de aproximadamente 70%(saiba mais abaixo).
O número de mortes por milhão de habitantes “reflete o estágio atual da pandemia, e quão eficazes foram as medidas de mitigação”, diz o estudo. Os pesquisadores destacam que países que já estão em uma segunda onda de contaminação apresentam números semelhantes aos do Brasil, que é de 793 vítimas por milhão. Na França, o índice é de 746 e, nos Estados Unidos, 791.
Veja os números de morte por milhão de habitantes no Brasil:
Mortes por milhão de habitantes — Foto: Reprodução/UnB
Segunda onda
De acordo com o estudo, “é possível afirmar com alto grau de segurança que uma segunda onda de crescimento da pandemia já se iniciou em todo o país“.
A pesquisa aponta que a proporção de habitantes que tiveram contato com o coronavírus no DF é de 23%. No entanto, o percentual que considera possível resistência contra o avanço da doença, conhecida como imunidade de rebanho, é de aproximadamente 70%.
Secretaria de Saúde aplica testes rápidos para Covid-19 em idosos — Foto: Breno Esaki/Saúde-DF
A Secretaria de Saúde do DF explica que trabalha com uminquérito epidemiológico que inclui a testagem de pessoas assintomáticas. Desta forma, o governo pretende descobrir o contato da população com o coronavírus, “para além das estatísticas de diagnosticados”.
De acordo com a pasta, o resultado da pesquisa, que pode contribuir para medidas de preparo para uma segunda onda no DF, deve ser publicado em dezembro.
O boletim epidemiológico da Covid-19, divulgado nesta segunda-feira (23), aponta que o Distrito Federal registrou mais 15 mortes e 859 novos casos de Covid-19. O total de óbitos chega a 3.882 e o de infectados, a 224.517.
A quantidade de vítimas apontadas no domingo e na segunda-feira aumentou 200%. No domingo (22), houve confirmação de 5 óbitos. O número de diagnósticos também teve um aumento de 206,7%, na mesma comparação.