Deputado fez discurso cheio de ataques contra o governo federal e usou acusações já explicadas pelo presidente da República
Em uma candidatura digna de partidos de extrema esquerda, como PCO e PSTU, o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), que um dia já ajudou a eleger o presidente Jair Bolsonaro, decidiu, de última hora, fazer um “show” no Plenário da Câmara dos Deputados na noite de segunda-feira (1°), ao registrar uma suposta “candidatura de protesto”, que conquistou a famigerada marca de dois votos.
Em um discurso completamente acusatório contra o governo durante o posicionamento de sua candidatura, Kim Kataguiri (DEM-SP) afirmou que disputava a presidência da Câmara na forma de uma candidatura de protesto com pauta única: a defesa do impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Kataguiri também usou o espaço para acusar Bolsonaro de trair os eleitores, mas utilizou alegações que já foram explicadas pelo presidente da República, sobre as despesas pagas com o cartão corporativo e a extinção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
– [Bolsonaro] dobrou os gastos com cartão corporativo, sugeriu a extinção do Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] para proteger a si mesmo e à família – acusou.
Sem uma plataforma clara para ser presidente da Câmara e com o discurso raso de ataques, Kataguiri recebeu apenas dois votos, ficando na penúltima colocação entre os oito candidatos. Em último, ficou o General Peternelli (PSL-SP), que recebeu um único voto.