Lacen confirmou que,epidemiologicamente, os casos são compatíveis com reinfecção. Agora, a Fiocruz vai analisar se o sequenciamento genético do vírus da primeira e segunda infecção são diferentes
De acordo com o protocolo do Ministério de Saúde, a reinfecção ocorre quando o paciente tem dois resultados positivos de RT-PCR num intervalo igual ou superior a 90 dias. Os três casos do DF se enquadram no protocolo. A primeira infecção dos pacientes ocorreu entre junho e agosto, e a segunda, entre o fim de novembro e o início de dezembro do ano passado.
No entanto, a Secretaria de Saúde informou que, para caracterizar a reinfecção é necessário que as duas amostras positivas sejam encaminhadas à Fiocruz, no Rio de Janeiro, para investigações laboratoriais sobre a tipagem do SARS-CoV-2.
Ao Correio, Bregman Ribeiro, virologista e professor do Departamento de Biologia Molecular da Universidade de Brasília (UNB), explicou que, para ser caracterizada como reinfecção, é preciso ter a combinação de duas variantes. “Resultado positivo por PCR nas duas infecções, e o sequenciamento do genoma dos vírus na primeira e segunda infecção, devem mostrar que são de origens diferentes”.