Ministério da Saúde oficializou nesta sexta, dia 5, solicitação de compra de 10 milhões de doses da Sputnik V; Anvisa deve liberar o uso emergencial na próxima semana
Os representantes da União Química que estiveram nesta sexta, dia 5, em reunião com o Ministério da Saúde, em Brasília, saíram esparançosos em relação à aprovação de uso emergencial da vacina russa, a Sputnik V, pela Anvisa. O governo brasileiro oficializou o pedido de compra de 10 milhões de doses e deu uma sinalização positiva sobre o registro do imunizante no país.
A União Química, que tem um contrato de transferência de tecnologia com o Fundo Soberano da Rússia, distribuidor internacional do imunizante, já está em conversas com Moscou para deliberações sobre a logística de entrega no Brasil.
A expectativa é que a Anvisa dê o sinal verde para o uso emergencial na próxima sermana. A empresa informa que já apresentou mais de 80% da documentação solicitada.
Os técnicos do Ministério da Saúde contam que é quase certa a aprovação da vacina pela agênca reguladora. Diante dessa perspectiva positiva, a União Química já começou a endereçar questões de logística e acredita que o primeiro lote dos imunizantes chegue ao Brasil dentro de 15 dias.
“A Rússia vem tratando esse assunto não só como uma venda comercial, mas também como um programa humanitário, com transferência de tecnologia, para os países, como no caso do Brasil”, diz Rosso. “É perfeitamente confiável o prazo de chegada da vacina aqui”.
A vacina russa deverá ser incorporada ao Plano Nacional de Imunização, do governo federal. Até março, as 10 milhões de doses compradas inicialmente deverão ser importadas da Rússia. Os lotes adicionais serão fabricados no Brasil, pela União Química. A empresa tem capacidade de produzir cerca de 8 milhões de doses por mês.
Nesta sexta-feira, dia 5, executivos da União Química tiveram uma reunião com a agência reguladora para esclarecer questionamentos e dar sequência ao pedido de uso emergencia. O encontro, segundo a empresa, foi bem-sucedido. “Em até 60 dias, no máximo, devemos enviar para o Ministério da Sáude as 10 milhões de doses solicitadas neste primeiro momento”, diz Rogério Rosso, diretor de negócios internacionais da empresa.