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segunda-feira, 23/12/24
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Líder global de vacinas, Israel mostra a volta aos escritórios

Com amplo programa de vacinação, Israel conseguiu uma vantagem no planejamento para a vida após o coronavírus

Israel reabre escritórios após ampla campanha de vacinação contra covid-19 (Kobi Wolf/Bloomberg/Bloomberg)

O trânsito está voltando às ruas da cidade. Os elevadores estão ficando lotados. Os lugares favoritos para o almoço estão enchendo. Dois meses depois de Israel reabrir sua economia, Tel Aviv está saindo da era do trabalho em casa.

O rápido programa de vacinação de Israel deu-lhe uma vantagem no planejamento para a vida após o coronavírus. Com a atividade comercial agora esquentando em Tel Aviv, empregadores e funcionários em todo o mundo estão atentos ao que acontece em um país que passou a ser visto como um termômetro da saída da pandemia.

Os primeiros sinais são de que o fim do lockdown acionou o interruptor da vida no escritório. A demanda por espaço corporativo está aumentando, de acordo com dados monitorados pelo grupo de imóveis comerciais Natam. O provedor de espaços coletivos de trabalho WeWork diz que a movimentação em seus prédios israelenses aumentou 20% desde fevereiro, com forte demanda por novas vendas. Os dados de mobilidade do Google mostram um aumento acentuado nas viagens para trabalhar em Tel Aviv durante o mês de abril, com os números agora próximos ao padrão pré-pandemia.

Nir Minerbi teve o primeiro sinal de que as coisas estavam prestes a mudar em dezembro, quando ele tentou – e não conseguiu – renovar o acordo com desconto que tinha fechado com o WeWork durante o lockdown inicial de 2020.

Estar no escritório no ano passado foi como “estar em um cemitério”, disse Minerbi, CEO da empresa de computação quântica Classiq Technologies. Ele está ansioso para reviver o ambiente de camaradagem do trabalho cara a cara, então assinou um contrato provisório com um espaço menor de co-working, enquanto procura um aluguel mais tradicional de escritório para longo prazo.

Enquanto a Covid-19 continua a devastar a Índia e os casos aumentam em todo o mundo, os países com altos níveis de vacinação estão dando os primeiros passos para a reabertura. A Austrália e a Nova Zelândia mantiveram a Covid-19 afastada, embora muitos funcionários de escritórios permaneçam em casa. No Reino Unido, onde trabalhar em casa é recomendado até pelo menos 21 de junho, cerca de 42% dos funcionários estavam em suas mesas em abril, de acordo com uma pesquisa do Morgan Stanley. Esse número é maior na Europa. Nos EUA, Nova York em breve vai suspender muitas restrições da pandemia, e os principais bancos estão planejando a retomada da vida no escritório.

Tel Aviv oferece um vislumbre para outros centros econômicos de como o trabalho pode ficar em breve, à medida que trabalhadores e funcionários procuram reacender o senso de comunidade que perderam no ano passado.

“Há uma grande recuperação”, disse Dotan Weiner, diretor de operações do Labs, uma empresa colaboradora de propriedade do bilionário israelense Teddy Sagi, em entrevista. “As empresas estão nos dizendo que, sem o escritório, é mais difícil recrutar e manter sua cultura corporativa.”

O Reino Unido acompanhou amplamente a trajetória de Israel durante a pandemia. Com o número de casos agora baixo e as taxas de vacinação altas em ambos os países, o Reino Unido deve reabrir totalmente a economia no final de junho.

No entanto, mesmo em Israel, muitas empresas ainda precisam estabelecer um equilíbrio definitivo entre trabalhar em casa e retornar ao escritório.

Check Point Software Technologies, um dos maiores empregadores do país, viu o comparecimento dobrar recentemente para cerca de 35% de seus 2.400 trabalhadores em sua sede em Tel Aviv, disse Nirit Schneider, responsável pela área de imóveis e operações. Embora o número ainda represente uma queda acentuada em relação a antes da pandemia, mostra um grupo significativamente maior de pessoas de volta ao trabalho presencial, com a maioria dividindo sua semana de trabalho entre casa e escritório.

Mais da metade da força de trabalho do gigante da segurança cibernética está fora de Israel, onde a Check Point vem tentando encurtar contratos e trocar mesas por salas de reunião. O contato cara a cara agora é o principal motivo para as pessoas comparecerem ao escritório, disse Schneider.

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