Owen Hurcum, tem 23 anos, não se identifica nem como homem nem como mulher e se tornou também a pessoa mais jovem da história a se eleger como prefeito no País de Gales.
Owen Hurcum tem 23 anos, não se identifica nem como homem nem como mulher e conquistou duas façanhas: se tornou o primeiro prefeito abertamente não binário do Reino Unido e a pessoa mais jovem da história a se eleger prefeito no País de Gales.
Hurcum, que também cursa mestrado em arqueologia na Universidade de Bangor, foi eleito prefeito da pequena cidade, que tem menos de 20 mil habitantes e é a mais antiga do País de Gales.
“Bangor significa tudo para mim”, afirmou o jovem, que antes foi vice-prefeito da cidade por dois anos, ao jornal galês “The National”. “Tem sido o povo de Bangor que me deixou ser eu mesmo”.
“Quando me mudei para cá, me apaixonei imediatamente e soube que nunca iria embora”, relata o novo prefeito, que é galês, cresceu em Londres e se mudou para a cidade para cursar a faculdade.
“Eu estava fechado, infeliz, confuso… E foi a comunidade de Bangor que me permitiu celebrar não apenas minha sexualidade”, afirma Hurcum. “Me deu a oportunidade e a capacidade de eu realmente florescer”.
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Os não binários são reconhecidos como transgêneros e considerados uma minoria dentro do espectro LGBTQ+.
Segundo a “Vice”, o posto de primeiro prefeito não binário do mundo é de Tony Briffa, que ocupou o cargo em Hobsons Bay, na Austrália, entre 2010 e 2012.
Reações positivas, ameaças e representatividade
O jovem disse em entrevista por telefone à agência de notícias Reuters que a reação à sua eleição foi extremamente positiva, mas que também foi alvo de comentários de ódio online.
“Eu li tantos que estou praticamente insensível”, relata Hurcum, que diz que as ameaças de morte foram devidamente reportadas à polícia. “Eu não deixo pra lá”.
O agora prefeito de Bangor espera ajudar a mudar as atitudes das pessoas em relação a quem não se identifica com nenhum dos dois sexos e com a divisão de gênero “masculino ou feminino”.
Para Hurcum, ocupar o cargo “é uma representatividade que muitas vezes não existe para pessoas não-binárias”.
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