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terça-feira, 24/12/24
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Desemprego: 1 em cada 5 trabalhadores não consegue emprego no DF

Segundo dados da Codeplan, apenas no mês de abril, 6 mil pessoas ficaram desempregadas na capital. Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal

No mês de abril, 322 mil pessoas estavam em busca de um emprego no Distrito Federal – (crédito: Ana Rayssa/CB/D.A Press)

A taxa de desemprego permanece alta no Distrito Federal. No mês de abril, houve um acréscimo de seis mil pessoas desempregadas na capital, chegando a um total de 322 mil pessoas em busca de um emprego. O índice subiu de 19,5% para 19,6% em relação a março, quando foram registradas 316 mil pessoas sem uma ocupação no DF.

Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego no Distrito Federal (PED-DF), desenvolvida pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e pelo pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgadas nesta terça-feira (25/5). De acordo com o documento, o desemprego aumentou nas regiões de média e alta renda passando de 19,1% para 19,8%, e diminuiu em nas cidades de baixa renda — de 24,5% para 23,1%.

A técnica do Dieese Lucia Garcia explica que, no último mês, houve um crescimento na geração dos postos de trabalho nas regiões periféricas de Brasília, o que fez com que o desemprego nessas localidades caísse. No entanto, o índice segue alto. “Estamos em um cenário que, um em cada cinco trabalhadores não encontra uma ocupação no DF”, destaca Lucia. Apesar da pequena variação em relação a março, esse é o quinto aumento consecutivo no desemprego registrado na capital.

Por outro lado, em relação a abril de 2020, a taxa de desemprego total diminuiu no Distrito Federal, passando de 20,7% para 19,6%. Segundo a pesquisa, ao longo dos últimos 12 meses houve uma oferta de postos de trabalhos superior ao acréscimo da população economicamente ativa. Cerca de 32 mil pessoas entraram no mercado de trabalho entre abril de 2020 e abril de 2021, com uma oferta de 44 mil vagas de empregos neste período.

“A PED mostra o impacto da pandemia no mercado de trabalho e a necessidade das pessoas em buscar um posto de trabalho. Percebemos uma retomada do nível ocupacional de forma gradual e que tende a acompanhar a taxa de vacinação”, ressaltou Jusçânio Umbelino de Souza, gerente da Gerência de Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan.

Para ele, no segundo semestre deste ano, os índices tendem a ficar melhores. “Já houve uma melhora, em junho de 2020, a taxa de desemprego estava em 21,6%, agora, em abril, estamos em 19,6%”, ressaltou Lucia Garcia.

Em abril de 2021, o nível de ocupação aumentou 1,2%. O contingente de ocupados estimado pela Codeplan foi de 1.319 mil pessoas. Os setores de serviço e de comércio e reparação tiveram os maiores acréscimo de ocupações, com mais 8 mil e 5 mil trabalhadores empregados, respectivamente. No setor setor da indústria e da construção houve um aumento de mil postos de trabalho. No entanto, na administração pública o cenário foi inverso com uma perda de 3 mil trabalhadores e sem recomposição de cargos.

De acordo com a pesquisa, houve uma manutenção dos trabalhos com carteira assinada, além de um crescimento de 5% em trabalhadores autônomos e uma redução de 5% nos trabalhos domésticos.

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