Retorno será de forma escalonada, a partir de 5 de agosto, começando por alunos da Educação Infantil. Secretaria de Educação diz que fará ‘busca ativa’ para que estudante vá ao colégio.
A Secretaria de Educação divulgou, na manhã desta terça-feira (27), as datas de retorno às aulas presenciais na rede pública do Distrito Federal. As atividades serão retomadas de forma escalonada a partir de 5 de agosto, começando com os alunos da Educação Infantil.
O calendário ficou definido da seguinte forma:
- 2 a 4 de agosto: encontro pedagógico (para professores)
- 5 de agosto: retorno dos alunos da Educação Infantil
- 9 de agosto: retorno dos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano) e do 1º Segmento da EJA
- 16 de agosto: retorno dos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) e do 2º e 3º segmentos do EJA
- 23 de agosto: retorno dos alunos do Ensino Médio e da Educação Profissional e Tecnológica
- 30 de agosto: retorno de todos os demais atendimentos (Escolas de Natureza Especial, CILs, Centros de Ensino Especial e demais atendimentos)
Modelo híbrido
O retorno das atividades vai ocorrer no modelo híbrido, com metade dos alunos em sala de aula e o restante com atividades remotas. A cada semana, o grupo será alternado.
A secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, garantiu que as escolas deverão seguir os protocolos de segurança impostos pelo GDF, e defende que todas as crianças devem voltar para as salas de aula.
“A gente pede para a família que leve a criança para as aulas presenciais. Se o aluno faltar, a escola vai entrar em contato, vai fazer a busca ativa para que a criança vá à escola“, afirma.
“As escolas estão tendo todo o cuidado com a segurança e para estabelecer a quantidade de alunos que vêm em uma semana e na outra. O que não pode é o aluno ficar em casa sem o acompanhamento da escola.”
Ainda de acordo com a Secretaria de Educação, além dos demais protocolos, a duração das aulas, antes de cinco horas, vai ser reduzida para quatro horas. O objetivo é dar um tempo maior de intervalo entre os turnos, para que as salas sejam desinfectadas.
Segundo o diretor do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF), Samuel Fernandes, houve uma reunião entre o sindicato e a Secretaria de Educação, onde foi tratada a questão do escalonamento com o espaço maior para o retorno entre as modalidades. No entanto, o calendário apresentado pela pasta não seguiu o que o sindicato pediu.
“A volta é necessária, desde com toda segurança. Todos precisam também estar imunizados. Sem a completa imunização, o retorno presencial estará comprometido”, afirma Samuel Fernandes.
‘Construção coletiva’
Nas redes sociais, o governador Ibaneis Rocha (MDB) disse que a reabertura das escolas é “uma construção coletiva” que leva em consideração as demandas técnicos de saúde, da educação e pais e mães de alunos.
“O DF foi o primeiro estado a proteger seus estudantes, fechando as escolas antes de todos os demais no começo da pandemia. Agora, retornaremos as aulas presenciais porque dialogamos e ouvimos tanto técnicos da saúde, como da educação e pais e mães”, escreveu.
“É mais um cuidado, que se une a tudo o que já preparamos, como reformas estruturais com mais espaços para higienização das mãos, estudantes com revezamento, distanciamento social e vacinação dos profissionais. Ou seja, na volta às aulas, a matéria principal é a prevenção!”
Retomada após um ano
As aulas presenciais nas escolas públicas e privadas do DF foram suspensas em março de 2020, após os primeiros casos de coronavírus na capital. A partir de setembro do ano passado, as instituições privadas puderam retomar as atividades, seguindo protocolos sanitários.
No entanto, na rede pública, as aulas permaneceram de forma remota por um ano e quatro meses. A retomada foi possível após a vacinação de professores. Segundo a Secretaria de Educação, 56 mil profissionais já foram imunizados.