Segundo corporação, esquema ocorreu no DF e em Águas Lindas de Goiás, no Entorno. Corporação cumpre 12 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva.
Policiais federais começaram a cumprir, no início da manhã desta quinta-feira (11), 12 mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva, em uma operação que investiga fraudes no auxílio emergencial do governo federal. Segundo os investigadores, o desvio chega a R$ 30 milhões.
A PF afirma que os suspeitos criavam contas bancárias na Caixa Econômica Federal, em nomes de terceiros, para receber o auxílio de forma fraudulenta. Em seguida, segundo os investigadores, o grupo passava os valores para outras contas. O objetivo era evitar que, se descoberto o crime, a conta que recebeu o auxílio fosse bloqueada e eles ficassem sem o dinheiro.
De acordo com a Polícia Federal, o esquema ocorria no Distrito Federal e em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do DF. Os investigadores chegaram à fraude a partir de consultas na Base Nacional de Fraudes no Auxílio Emergencial (BNFAE), e identificaram diversas irregularidades em 2020, 2021 e 2022.
A PF diz que “as evidências encontradas até o presente momento mostram claramente a existência de indícios da prática do crime de fraude eletrônica praticado por organização criminosa, cujas penas se somadas podem chegar a 18 anos de reclusão”. A operação ganhou o nome de “Saque Antecipado”.
Medidas cautelares
Segundo a corporação, em relação a três investigados, foram determinadas as seguintes medidas cautelares:
- recolhimento domiciliar das 20h às 6h, em dias úteis, e recolhimento domiciliar integral nos finais de semana e feriados;
- proibição de se ausentar da Comarca do domicílio sem autorização judicial;
- proibição de alteração de endereço sem comunicar ao juízo;
- comparecimento mensal perante a Justiça Federal do local da residência para justificar e comprovar suas atividades;
- obrigatoriedade de acompanhar todos os atos processuais a que forem convocados;
- proibição de manter contato com os demais investigados, salvo se cônjuge/companheiro(a).
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A Polícia Federal também está autorizada a realizar visitas no imóvel em que a medida será cumprida, qualquer dia da semana, a fim de checar se todas as condições estão sendo obedecidas.