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terça-feira, 24/12/24
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Dino veta nome para o TRF-1 que une Lira, Renan e Gleisi, e cria crise com Congresso

Argumento é que João Carlos Mayer Soares seria ‘bolsonarista’ e teria proximidade com o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Auxiliares dizem que Lula ainda não decidiu.

O ministro da Justiça, Flavio Dino, durante entrevista coletiva nesta segunda (10) — Foto: Wallace Martins/Futura Press/Estadão Conteúdo

O ministro da Justiça, Flávio Dino, barrou um nome para o TRF-1 que conta com o apoio da classe política de diferentes partidos e, até, adversários políticos como Arthur Lira (PP-AL) e Renan Calheiros (MDB-AL) — e o veto tem gerado uma crises no bastidores entre o Congresso e o governo.

Segundo o blog apurou, João Carlos Mayer Soares é um nome que conta com a simpatia de diversos senadores do MDB e, até, da presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann.

Mayer é paranaense e procurou Gleisi para pedir apoio. O nome de Mayer foi levado por Lira ao ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e ao ministro da Justiça, Flávio Dino.

Dino, segundo aliados de Lira, teria dito que levaria ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não apresentando nenhuma resistência naquele momento. No entanto, no final de sexta-feira (21), Lira foi informado de que o nome foi barrado por Dino.

Interlocutores de Dino confirmaram ao blog o veto — o argumento é de que Mayer seria “bolsonarista” e teria proximidade com Anderson Torres, ex-ministro. Dino, inclusive, recebeu fotos de Mayer com Torres.

No Planalto, as fotos são conhecidas — mas uma ala minimiza as imagens ao dizer que “fotos são normais com ex-governo”, como o caso do candidato à vaga do TRF-1. E de que sabe-se que ele tem um perfil conservador.

O veto ao nome de Mayer irritou o campo de Lira e também do MDB no Senado. A insatisfação com Dino foi relatada ao Planalto e aos líderes do Congresso.

Auxiliares de Alexandre Padilha, consultados pelo blog, confirmam que a confusão começou no final da tarde de sexta-feira, mas afirmam que o presidente Lula não bateu o martelo ainda e só vai decidir sobre a escolha da vaga após voltar de Portugal.

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