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segunda-feira, 23/12/24
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Lula disse que ‘haverá de mediar assunto’ de petróleo no Amazonas, afirma Helder Barbalho

O governador do Pará garantiu que Lula irá mediar o conflito entre os ministérios de Meio Ambiente (MMA) e Minas e Energia (MME) em torno da exploração de petróleo na foz do rio Amazonas

(Iara Morselli/Divulgação)

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), afirmou que o presidente Luiz Inácio da Silva (PT) vai mediar o conflito entre os ministérios de Meio Ambiente (MMA) e Minas e Energia (MME) em torno da exploração de petróleo na foz do rio Amazonas.

Como mostrou o Estadão, o projeto virou cabo de guerra entre Marina Silva e Alexandre Silveira, respectivos titulares das pastas. A ideia é defendida pela Petrobras, vinculado ao MME, mas sofre oposição de Marina Silva e do Ibama, que responde ao MMA e a quem cabe dar a licença para exploração.

Barbalho afirmou que Lula tem discutido o assunto diretamente com ele e com o governador do Amapá, Estados que abrangem a área cobiçada pela Petrobras para exploração.

“Lula disse que haverá de mediar o assunto com os ministérios de Minas e Energia e Meio Ambiente. Os governadores do Pará e do Amapá estão abordando assunto com presidente da República”, afirmou Barbalho hoje, durante evento do Esfera Brasil.

Helder defende direito da Petrobras pesquisar possibilidade de exploração

O governador defendeu que a Petrobras tenha direito de “pesquisar” a possibilidade de exploração do petróleo e que, com a devida “compatibilização ambiental”, o projeto seria uma boa “oportunidade”.

“Defendo que o Ibama permita que a Petrobras possa pesquisar e, a partir daí, nos critérios ambientalmente corretos, definir qual a metodologia e mecanismo para exploração com menor impacto possível. A partir daí, permitir que essa oportunidade possa surgir”, defendeu.

“Posso admitir que a França explore petróleo nessa mesma bacia há dez anos e o Brasil não se permita a pesquisar a oportunidade de que uma empresa da magnitude da Petrobras possa fazer o mesmo?”, questionou também.

O governador admitiu, no entanto, que a exploração de combustíveis fósseis em um momento de discussões sobre renovação da matriz energética pode ser “contraditório”.

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