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sexta-feira, 22/11/24
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Pastores usavam nome de Paulo Guedes e fake news para aplicar golpes milionários

Pastor goiano Osório José Lopes Júnior
Foto: Reprodução

Líderes religiosos prometiam ganhos estratosféricos a fiéis

Onze pastores estão sendo acusados de aplicar golpes milionários usando o nome do ex-ministro da Economia Paulo Guedes. A polícia aponta o pastor goiano Osório José Lopes Júnior como líder do grupo, que abusava da fé e prometia ganhos estratosféricos aos fiéis.

De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), os pastores utilizavam as redes sociais para convencer as vítimas, em sua grande maioria evangélica, a investirem suas economias em títulos de investimentos e falsos projetos de ações humanitárias, com promessa de retorno financeiro imediato e rentabilidade alta.

Osório dizia aos fiéis que os títulos oferecidos tinham a autorização do governo federal, por meio do ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, para serem pagos. O falso pastor também usava a logomarca de entidades financeiras, como Banco Mundial e Banco do Brasil, para tentar dar credibilidade ao negócio.

O golpe pode ser considerado um dos maiores já investigados no Brasil, uma vez que foram constatadas, como vítimas, pessoas de diversas camadas sociais e em quase todas as unidades da federação. A estimativa é que tenham sido lesadas 50 mil pessoas.

Promessas absurdas

Segundo a PCDF, foi detectada a promessa de que após um depósito (“aporte”) de R$ 25, as pessoas poderiam receber de volta nas “operações” o valor de um octilhão de reais, ou mesmo “investir” R$ 2.000 para ganhar 350 bilhões de centilhões de euros.

A investigação aponta que os suspeitos formam uma rede criminosa organizada, estruturalmente ordenada, hierarquizada e caracterizada pela divisão de tarefas, especializada em diversos crimes como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionatos por meio de redes sociais.

Os alvos poderão responder, a depender de sua participação no esquema, pelos delitos de estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa.

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