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segunda-feira, 25/11/24
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DF terá investimento de R$ 1,4 bilhão na distribuição de energia

Aporte será feito pela Neoenergia, empresa responsável, desde 2021, pelo serviço que chega às residências e ao comércio

O serviço de distribuição de energia no Distrito Federal vai receber um investimento de R$ 1,4 bilhão nos próximos cinco anos. O aporte será feito pela Neoenergia, empresa responsável por levar energia elétrica a residências e comércios da capital.

O anúncio do investimento no serviço de distribuição de energia no Distrito Federal foi feito pelo presidente da Neoenergia Brasília, Frederico Candian, durante almoço-debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), nesta terça-feira (16), evento que contou com a presença do governador Ibaneis Rocha | Foto: Renato Alves/Agência Brasília

A afirmação foi feita pelo presidente da Neoenergia Brasília, Frederico Candian, durante almoço-debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), nesta terça-feira (16).

Presente no evento, o governador Ibaneis Rocha ilustrou uma linha do tempo ao falar das dificuldades que a Companhia Energética de Brasília (CEB) enfrentava quando assumiu o governo, em 2019, e resultou na concessão da prestação de serviço à iniciativa privada.

O chefe do Executivo lembrou da dívida de quase R$ 1 bilhão da companhia, o que poderia custar a perda da concessão pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Ibaneis Rocha também comemorou a evolução do serviço ao longo dos anos e reforçou que o GDF está vigilante à atuação da Neoenergia.

“A Neoenergia vem fazendo um investimento que já chega hoje perto de R$ 1 bilhão. As melhorias estão acontecendo a todo momento e para todas as categorias, inclusive o pessoal mais carente, com muitas ligações de redes elétricas. Continuamos cobrando enquanto governo, presentes ali no dia a dia para que a gente possa chegar, dentro de poucos anos, a um nível de eficiência que a cidade merece. Estamos na capital da República e merecemos um produto de qualidade”, afirmou Ibaneis Rocha.

Desde março de 2021, quando a Neoenergia assumiu a operação no DF, foram aplicados R$ 810 milhões. A empresa atende 1,1 milhão de residências e cerca de 3,1 milhões de pessoas atendidas. Nesse período, a empresa regularizou o serviço para 37 mil famílias, o que deve atingir mais 40 mil famílias até 2028.

Em sua fala, o presidente da Neoenergia Brasília, Frederico Candian, listou a aplicação de recursos na capital e projetou ações para os próximos anos.

“Esse investimento está diretamente ligado à ampliação do fornecimento de energia elétrica, na modernização para a melhoria da qualidade do serviço para a população, para a infraestrutura do sistema elétrico e também direcionado para a regularização de energia. Nós regularizamos 37 mil famílias, então a gente levou cidadania, desenvolvimento socioeconômico e uma rede mais segura e com qualidade para essas famílias. E o nosso plano para os próximos cinco anos é regularizar mais 40 mil famílias no DF”, disse.

Fundado no Brasil em 2003 e presidido pelo empresário Paulo Octávio, o Lide é uma organização que reúne diversos setores com o objetivo de fortalecer a livre iniciativa do desenvolvimento econômico e social. Ao comentar o cenário do segmento no DF, Paulo Octávio elogiou os atores envolvidos.

“A CEB, que cuida da iluminação pública, vai muito bem. Conseguiu um lucro superior a R$ 200 milhões no ano passado. E a Neoenergia está investindo. Então, hoje, nós temos duas empresas saudáveis. A Neoenergia, que é uma empresa mundial, que tem muita capacidade de investimento e quer investir em Brasília. E temos a CEB, responsável pela iluminação pública da cidade e que está prestando um belíssimo trabalho e sendo lucrativa”, destacou.

Neoenergia no DF

A empresa iniciou a operação no Distrito Federal com a concessão da distribuição de energia. Concretizado em dezembro de 2020, o leilão da CEB Distribuição gerou um lance final de R$ 2,515 bilhões, o que representa um ágio – diferença entre o valor pago e o valor de avaliação – de 76,63%, uma vez que o valor previsto era de R$ 1,423 bilhão.

A companhia foi arrematada pela Neoenergia e a privatização ocorreu para socorrer a CEB, ameaçada de perder a concessão para o fornecimento do serviço outorgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), provocado por uma dívida de R$ 1 bilhão.

Todo o processo de concessão da CEB foi conduzido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) após a assinatura de um acordo de cooperação em agosto de 2019.

A Neoenergia é controlada pelo grupo espanhol Iberdrola e atua há quase 30 anos no Brasil. O início desta atuação ocorreu em 1997, com investimentos em distribuição de energia elétrica na Bahia e no Rio Grande do Norte. A empresa é um dos maiores atores do setor no Brasil e possui ativos de distribuição, geração, transmissão e comercialização em diferentes estados.

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