19.5 C
Brasília
domingo, 24/11/24
HomeBrasíliaAlckmin diz que aprovação da PEC pode agilizar mudanças no ECA

Alckmin diz que aprovação da PEC pode agilizar mudanças no ECA

Em Campinas, governador disse que aprovação foi ‘louvável’ pela Câmara.
Ele defende que infrator fique internado 8 anos em casos mais graves.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse em Campinas (SP), nesta quinta-feira (2), que a aprovação em primeiro turno da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da maioridade penal de 18 para 16 anos  pode complementar e até agilizar a aprovação das mudanças no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), que é defendida por ele.

O chefe do Executivo paulista defende internação de oito anos para infratores que cometerem crimes hediondos como latrocínio-roubo seguido de morte-, estupro e homicídio. Hoje, o tempo máximo para estes crimes é de 3 anos de internação. A mudança aprovada na Câmara reduziu a maioridade penal para crimes crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.

“A PEC foi boa porque nossa proposta tem dez anos e está parada desde 2005. E agora, com certeza a chance de aprovar é enorme, porque se aprovou a PEC, com muito mais razão você aprovará uma mudança só da lei. Acho louvável”, disse o governador durante a entrega de equipamentos e caminhões para os bombeiros da Região Metropolitana deCampinas (RMC).

Alckmin disse acreditar ainda que a votação da mudança do ECA possa ocorrer logo depois do ‘destravamento’ da pauta da Câmara dos Deputados, mas não há como apontar um prazo. Para votação de mudanças de projetos é necessário votar medidas provisórias antes.

Maioridade penal
A Câmara dos Deputados aprovou em primeira discussão na madrugada desta quinta-feira (2) a redução da maioridade para crimes graves de 18 para 16 anos.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) aprovada por 323 votos favoráveis e 155 contrários e 2 abstenções cita crimes hediondos, homicídio doloso- ou seja com intenção de matar- e lesão corporal seguida de morte. Vinte e quatro horas antes a proposta anterior, com mais rigor, havia sido reprovada pelos deputados.

Para que seja lei, são necessárias mais uma votação na Câmara dos Deputados e outras duas no Senado.  O presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sinalizou que o segundo turno deve ocorrer o recesso parlamentar de julho. A legislação determina que a nova votação respeite o prazo de cinco sessões antes.

Mais acessados