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segunda-feira, 25/11/24
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Ocupação cai na cidade de São Paulo e aumenta na região metropolitana

Da mesma forma, caiu nas zonas centrais e subiu nas mais periféricas.
Pesquisa da Fundação Seade mostra evolução nos últimos 30 anos.

Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de São Paulo da Fundação Seade mostra que, nos últimos 30 anos, houve perda de participação da população economicamente ativa no município de São Paulo para as demais cidades da região, assim como recuo das zonas centrais da capital para as mais periféricas.

Assim, ampliou-se com mais intensidade a ocupação entre os moradores dos demais municípios da região metropolitana.

A população economicamente ativa (PEA) da região metropolitana de São Paulo (RMSP) ampliou-se em 4,5 milhões de pessoas entre 1985 e 2014 (taxa de crescimento média anual de 1,8%), impulsionada pelo crescimento demográfico e pela expansão da oferta de trabalho remunerado.

Mas, enquanto na RMSP a força de trabalho crescia a taxas de 2,4% ao ano, entre 1985 e 2000, no município de São Paulo ela ampliava-se em 1,6% a.a. e, nos demais municípios da RMSP, exceto a capital, aumentava em 3,9% a.a. Esse ritmo de crescimento reduziu-se pela metade no período 2000 a 2014: 1,2% a.a. na RMSP, 0,9% a.a. no município de São Paulo e 1,6% a.a. nos demais municípios da RMSP, exceto a capital.

As consequências desse comportamento foram a perda de participação do município de São Paulo no total da PEA regional (de 67,6% em 1985 para 57,4% em 2014) e a ampliação dos demais municípios da RMSP (de 32,4% para 42,6%, respectivamente).

Por regiões
Na capital também caiu a proporção de ocupados entre os moradores das zonas centrais em favor das mais periféricas, em especial as zonas Leste 2 e Sul 2 (veja o detalhamento das regiões no final do texto).

Em 2014, no município de São Paulo, as zonas Leste 1 e 2 possuíam elevada proporção de moradores ocupados na indústria de transformação e no comércio, enquanto nas zonas Oeste e Centro a maior ocupação era em serviços. A zona Sul 2, especificamente em Campo Limpo e Grajaú, estão as maiores proporções de moradores ocupados na construção e nos serviços domésticos.

No município da capital, as zonas Leste 1 e 2 possuem elevada proporção de moradores ocupados na indústria de transformação (18,9% e 16,0%, respectivamente) e no comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (19,6% e 20,0), enquanto as zonas Oeste e Centro têm as maiores proporções de ocupados nos serviços (72,0% e 71,9%, respectivamente), especialmente em informação e comunicação, atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, atividades profissionais, científicas e técnicas e administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. Na zona Sul 2 estão as maiores proporções de moradores ocupados na construção (9,9%) e nos serviços domésticos (11,9%).

Nos demais municípios da região metropolitana, as sub-regiões Sudeste (ABC) e Leste (Guarulhos, Mogi das Cruzes) detêm as maiores concentrações de moradores trabalhando na indústria de transformação, com predominância de ocupações no ramo de metal-mecânica, principalmente na sub-região Sudeste (ABC). Esse segmento é mais intensivo em capital e tecnologia e com presença de empresas de maior porte, o que vem acompanhado de maior concentração de postos de trabalho qualificados e de organização dos trabalhadores, dois fatores que contribuem para uma remuneração mais elevada, em relação a outros segmentos de atividade econômica.

As sub-regiões Sudoeste (Cotia, Itapecerica) e Oeste (Barueri, Osasco) registram maior proporção de ocupados nos serviços, com destaque, na primeira, para os segmentos de
alojamento e alimentação, outras atividades de serviços, artes, cultura, esportes e recreação e serviços domésticos e, na segunda sub-região, em transporte, armazenagem e correio, informação e comunicação, atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados e atividades profissionais, científicas e técnicas.

Inserção no mercado
Entre 2000 e 2014, melhoraram as formas de inserção no mercado de trabalho em todas as regiões. No município de São Paulo, em 2014, os ocupados que residiam na zona Leste 2 (Itaquera, São Mateus) apresentavam os maiores porcentuais de assalariados (73,7%) e de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (58,0%), proporções que eram 61,7% e 38,0%, respectivamente, em 2000. Ao se observarem os postos de trabalho com menor grau de proteção da legislação trabalhista e previdenciária, destacam-se, na capital, as zonas Norte 1 e Sul 1 com maior proporção de assalariados no setor privado sem carteira de trabalho assinada (10,9% e 10,1%, respectivamente).

Na distribuição de ocupados nos demais municípios da região metropolitana, em 2014, destaca-se a concentração de assalariados com carteira de trabalho assinada no setor privado entre os residentes nas sub-regiões Sudeste (ABC) (57,8%), Oeste (56,9%) e Leste (54,7%), proporções que em 2000 correspondiam, respectivamente, a 44,1%, 41,8% e 39,4%.

Renda
Nesses 30 anos da pesquisa, os maiores rendimentos médios dos ocupados na região metropolitana permaneceram com os moradores das mesmas zonas do município de São Paulo: em 2014, seu valor equivalia a R$ 4.236 na zona Oeste, R$ 3.822 no Centro e R$ 3.082 na Sul 1. Já nos demais municípios, exceto a capital, o maior rendimento médio em 2014 ficou com os moradores da sub-região Sudeste (ABC) (R$ 2.163), seguida pela Oeste (R$ 1.655) e a Leste (R$ 1.584).

Agrupamentos dos distritos, por zonas, no município de São Paulo
Zona Leste 1
Mooca, Água Rasa, Belém, Brás, Pari, Tatuapé, Vila Prudente, Sapopemba, São Lucas, Aricanduva, Carrão, Vila Formosa, Penha, Artur Alvim, Cangaíba e Vila Matilde.

Zona Leste 2
Ermelino Matarazzo, Ponte Rasa, Itaquera, Cidade Líder, José Bonifácio, Parque do Carmo, São Mateus, Iguatemi, São Rafael, São Miguel, Jardim Helena, Vila Jacuí, Itaim Paulista, Vila Curuçá, Guaianases, Lajeado e Cidade Tiradentes.

Zona Sul 1
Vila Mariana, Saúde, Moema, Ipiranga, Cursino, Sacomã, Jabaquara, Santo Amaro, Campo Belo e Campo Grande

Zona Sul 2
Cidade Ademar, Pedreira, Campo Limpo, Capão Redondo, Vila Andrade, Jardim Ângela, Jardim São Luís, Socorro, Cidade Dutra, Grajaú, Parelheiros e Marsilac.

Zona Oeste
Pinheiros, Alto de Pinheiros, Itaim Bibi, Jardim Paulista, Lapa, Perdizes, Vila Leopoldina, Jaguaré, Jaguara, Barra Funda, Butantã, Morumbi, Raposo Tavares, Rio Pequeno e Vila Sônia

Zona Norte 1
Tremembé, Jaçanã, Vila Maria, Vila Guilherme, Vila Medeiros, Santana, Tucuruvi e Mandaqui

Zona Norte 2
Casa Verde, Limão, Cachoeirinha, Freguesia do Ó, Brasilândia, Pirituba, Jaraguá, São Domingos, Perus e Anhanguera

Centro
Sé, Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República e Santa Cecília

Agrupamentos dos municípios, por sub-regiões da Região Metropolitana de São Paulo

Região Sudeste (ABC)
Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul

Região Sudoeste
Cotia, Embu das Artes, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista

Região Oeste
Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba

Região Norte
Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã

Região Leste
Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis, Santa Isabel e Suzano

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