A ação é feita anualmente e faz parte da Simulação das Nações Unidas (Sinusi Jr) desenvolvida pela escola
Alunos do Ensino Fundamental do colégio Ideal de Taguatinga exerceram a solidariedade. Na manhã de ontem, eles entregaram 12 toneladas de alimentos não perecíveis para representantes de entidades responsáveis por destinar os mantimentos a famílias carentes.
A ação é feita anualmente e faz parte da Simulação das Nações Unidas (Sinusi Jr) desenvolvida pela escola. Nesta semana, os estudantes realizam atividades que os levam a observar as diferentes realidades dos outros países e as crises que o mundo enfrenta, como guerra e fome. Além de se tornarem delegados da Organização das Nações Unidas (ONU) para a promoção da paz, os alunos também se conscientizam de que cada um pode fazer algo para melhorar a situação do outro.
A diretora da escola, Norma Soares, conta que o evento ocorre desde 2004 e tem como objetivo despertar os adolescentes a ir além da sala de aula. “Escolhemos as instituições mais carentes para a distribuição. Eles passam a enxergar o que podem fazer pelo próximo”, revela.
Maior das edições
Segundo o idealizador do projeto e professor de português, Daniel Cavalcante, no começo eles arrecadavam quatro toneladas. A doação deste ano é a maior de todas as edições. “Além das atividades que eles desenvolvem, o projeto vai muito além da escola. Os pais também ajudam e é muito bonito ver todos trabalhando juntos. Não adianta a gente estar bem se a comunidade não está”, explica.
Durante a solenidade, houve momento de oração e agradecimentos. Cibele Oliveira faz parte do grupo dos Vicentinos, uma das instituições agraciadas pela ação. “Essa doação vai ser benéfica para muita gente. É um ato generoso da direção e dos alunos. Geralmente, os jovens não se importam tanto com essas questões, mas eles nos mostraram que são diferentes. Alimentaremos muitas famílias”, afirmou.
A coordenadora da Pastoral da Criança de Taguatinga, Maria Luisa Botelho, conta que esses alimentos são essenciais para ajudar as famílias de baixa renda. “Quando ganhamos doações, auxiliamos para complementar a renda de famílias desempregadas. Mas o nosso objetivo é orientar e levar uma palavra amiga aos mais necessitados”, relata.
Mais de mil alunos envolvidos
As turmas não pouparam esforços para ultrapassar metas de arrecadação. Do 6º ao 9º anos, 1.200 alunos participaram. Para eles, é uma demonstração de que ações pessoais voltadas ao bem comum valem a pena e são capazes de alcançar importantes resultados.
A aluna Isabela Valenza, 14 anos, cursa o 9º ano e vê a proposta com bons olhos. “Essa iniciativa é muito importante porque ajudamos as pessoas que mais precisam. É gratificante”, revela.
Para o representante de sala Thiago Godoi, 14 anos, essa é uma forma de encarar a realidade e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de tentar transformar o que não está certo na sociedade: “Me sinto muito bem em poder salvar o dia de alguém. Além de adquirir conhecimento sobre a realidade deles, podemos ajudar de alguma maneira. É uma sensação ótima”, conta o estudante.
Os alunos arrecadaram alimentos como arroz, açúcar, óleo, feijão e macarrão, além de fraldas geriátricas.