Professores da rede pública do estado de São Paulo se reuniram para um protesto em frente à Secretaria Estadual de Educação, na Praça da República, pouco mais de dois meses depois do fim da greve mais longa da história da categoria.
Os manifestantes reivindicam o pagamento dos dias parados, além do reajuste salarial, principal bandeira da paralisação. Segundo a Apeoesp, sindicato que representa os professores, o dissídio deveria ser recebido em julho, data-base proposta pelo governo estadual, mas ainda não foi anunciado.
A presidente do sindicato, Maria Izabel, diz que a decisão mais recente da Justiça obriga o governo estadual a pagar os dias parados. Em 12 de agosto, em um processo distinto, o Tribunal de Justiça de São Paulo considerou a greve dos professores abusiva.
A categoria também quer a ampliação do prazo para reposição de aulas perdidas durante a greve, que vai até novembro.
Cerca de 300 pessoas participavam do início da manifestação, que começou às 14h30. A entrada do prédio da Secretaria de Educação estava cercada por grades. O espaço na Praça da República também estava reduzido por conta da realização de uma feira.
A manifestação da Apeoesp deve se juntar ao protesto das centrais sindicais e movimentos sociais no Largo da Batata, às 17h, em um ato de apoio à presidente Dilma. Maria Izabel chegou a defender o governo federal durante o protesto e disse que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não tem moral para agir em favor do impeachment da presidente.
Já os integrantes da Apeoesp que fazem oposição à atual direção da entidade dizem que não vão ao Largo da Batata em defesa da democracia e foram vaiados pelos manifestantes.