Bombeiros receberam chamadas em regiões altas, como a Av. Paulista. Corporação indica que moradores desçam dos prédios.
Moradores de São Paulo disseram ter sentido um tremor na noite desta quarta-feira (16) em regiões altas da cidade, como a Avenida Paulista. Os relatos surgiram após um forte terremoto atingir o Chile.
Os bombeiros paulistas receberam cerca de 50 telefonemas com informações sobre tremores na região da Paulista, na Vila Mariana e no Tatuapé. Também houve ocorrências em Guarulhos e Osasco, na Grande São Paulo. Segundo a corporação, os tremores são reflexo do abalo sísmico ocorrido no Chile.
A corporação indica que as pessoas desçam dos prédios e verifiquem sinais de rachaduras e trincas. Caso algo seja constatado, é preciso acionar a Defesa Civil, no telefone 199.
Avenida Paulista
O analista de sistemas Leandro dos Reis Oliveira, de 31 anos, trabalha em um prédio na Avenida Paulista e conta ter sentido o tremor. “Vi que as janelas estavam fechadas e um quadro começou a tremer. Foi muito rápido, questão de segundos”, descreveu.
Ele andava pelo 12º andar, por coincidência onde também estava em 2010, quando sentiu o tremor provocado por outro terremoto no Chile. “Na primeira vez foi muito esquisito, acho que uns 10, 15 segundos, parece que comecei a ficar enjoado, uma sensação horrível”, lembrou.
Nas redes sociais, muitas pessoas relatam ter sentido o tremor nesta região de São Paulo, principalmente em prédios altos. Faculdades na região da Avenida Paulista chegaram a ser esvaziadas porque a terra tremeu.
Um funcionário da unidade da FMU da Avenida Brigadeiro Luís Antônio, no Centro, disse que os alunos foram liberados mais cedo. “Teve o tremor no Chile, teve o reflexo, afetou a Paulista também e o pessoal que estava mais na parte de cima sentiu. Por segurança, a gente evacuou o prédio às 20h15”, afirmou, sem revelar o nome.
Segundo ele, o tremor foi sentido do meio para cima do prédio de 17 andares. Não houve tumulto nem feridos. “Foi só um tremor e balançou as cortinas um pouquinho. O prédio é de vidro. Se fosse alguma coisa mais grave tinha estourado vidro.”
A estudante de gestão financeira Patricia Serpa estava assistindo aula no 15º andar no momento do tremor. “Eu estava na sala de aula e sento perto da janela. Primeiro nós sentimos um tremor e depois nós sentimos como se o prédio estivesse balançando. Algumas pessoas sentiram e começaram a alarmar discretamente”, contou.
Também estudante de gestão financeira, Thiago Vinicius descreveu a situação. “Nós estávamos durante a aula. Eram mais ou menos umas 20h quando alguns alunos sentiram o tremor, avisaram o professor, que orientou todo mundo a descer. Teve uma certa histeria por parte de alguns alunos porque é algo incomum e chega a assustar.”
A estudante de mídias sociais Tamara Lopes, de 23 anos, contou que também precisou sair da faculdade, que fica na Avenida Paulista. “Eu senti uma coisa leve, pensei que era meu celular vibrando. Estava no 9º andar, a professora avisou que os bombeiros pediram para evacuar. Os elevadores pararam de funcionar e começamos a descer a escada. Parece que o pessoal do 15º andar foi o que mais sentiu, até livros caíram”, afirmou.