Alto custo do crédito, incertezas da economia e medo do desemprego desaceleram intenção de gastos
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) do Distrito Federal, divulgada pela Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do DF (Fecomércio-DF), registrou 87,5 pontos em outubro e atingiu a menor margem desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 2010. O indicador caiu 5,1 pontos na comparação com o mês de setembro e 26,1 pontos em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o presidente da Fecomércio-DF, Adelmir Santana, as famílias brasilienses estão cautelosas na hora de usar o crédito. Por isso, na visão de Adelmir, produtos duráveis como móveis, carros e eletrodomésticos estão com a comercialização em baixa. “Além do alto custo do crédito, também são responsáveis pela queda na intenção de consumo as incertezas da economia em todo o País e o medo da perda do emprego”, explica Santana. Ele afirma ainda que não há previsão de que o índice volte a subir em 2015.
O levantamento também mostra que para 75,6% dos entrevistados está mais difícil conseguir empréstimo ou crédito para comprar a prazo, em comparação com o ano passado, e 67% dizem que estão comprando menos. A maioria (58,6%) acredita que para os próximos meses o consumo da família será menor do que no segundo semestre do ano passado.
A Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é um indicador com capacidade de medir, com a maior precisão possível, a avaliação que os consumidores fazem sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, tais como a sua capacidade de consumo, atual e de curto prazo.