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terça-feira, 26/11/24
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DF tem estoque zerado de remédio de R$ 4 mil contra doenças autoimune

Secretaria de Saúde afirma que compra está em andamento. Falta da medicação pode causar danos à visão, membros e morte.

Usado para tratamento contra doenças autoimunes e ao custo de R$ 4 mil nas farmácias, o Remicade (Infliximab) está há um mês em falta no Distrito Federal. Especialistas afirmam que a interrupção do tratamento pode provocar danos à visão, membros e até levar à morte. A Secretaria de Saúde informou que o estoque está zerado, mas que já deu início ao processo de compras.

O engenheiro de produção Breno Belém Martins de Albuquerque, de 36 anos, é portador da Doença de Behçet, inflamação dos vasos sanguíneos sistêmica de causa desconhecida. Ele utiliza o Remicade há três anos e reclama da falta da medicação na Farmácia de Alto Custo.

“A dosagem utilizada no controle da minha doença é de dois frascos a cada oito semanas. O problema é que na gestão atual estamos enfrentando a falta recorrente deste remédio. Estou atrasando a aplicação do medicamento pela segunda vez consecutiva. Não tenho condições de pagar este medicamento na rede privada”, diz.

Só esse ano, o Remicade já foi suspenso duas vezes. Não há outra droga disponível no mercado para substituição. Estou preocupado e já sentindo piora na minha doença que não tem cura”
Breno Belém Martins de Albuquerque,
engenheiro de produção

O homem também afirma que entrou em contato com a Farmácia de Alto Custo, Conselho Nacional de Saúde, Diretoria de Assistência Farmacêutica, Coordenação Geral do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, e por último, com a Defensoria Pública da Saúde. Entretanto, nada foi resolvido. Segundo ele, a falta da medicação, o levou duas vezes para o hospital, com problemas e dores na visão.

“Tiveram que aplicar corticóide dentro do meu olho. É um absurdo ficar sem esse medicamento imprescindível para a nossa saúde. Apesar dos problemas do governo Agnelo, nunca ficamos sem o remédio. Só esse ano, o Remicade já foi suspenso duas vezes. Não há outra droga disponível no mercado para substituição. Estou preocupado e já sentindo piora na minha doença que não tem cura”, conta o engenheiro de produção, que é morador do Cruzeiro.

A Secretaria de Saúde disse que nos próximos dias todos os pacientes receberão o medicamento. “A Secretaria de Saúde frisa que tem buscado manter todos os estoques cheios, de forma a prestar a melhor assistência possível à população do Distrito Federal”, informou por meio de nota.

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