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Moradores e estudantes pedem mais segurança em Taguatinga Norte

Alunos do IFB querem mais iluminação para coibir crimes na área

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Moradores e estudantes da QNM 40, em Taguatinga Norte, pedem socorro. Segundo relatos, assaltos e furtos se tornam cada vez mais recorrentes. Alunos do Instituto Federal de Brasília (IFB), localizado na quadra, garantem que a situação “está cada dia pior”. Um dos representantes da escola assegura que as reclamações foram encaminhadas ao GDF, há duas semanas, com prazo de 60 dias para serem sanadas. Mas, até agora, o problema não foi solucionado. Segundo proprietários antigos de casas no local, “a violência só aumenta”.

“Precisamos de iluminação e câmeras de segurança. Tem pessoas vendendo suas casas. Desde a QNM 36 até a 40, todos estão reféns da violência”, reclama o vigilante Ronaldo Lopes, 31 anos. Ex-aluno do IFB, ele conta que parou os estudos devido à insegurança. “Era impossível estudar ali à noite. É muito perigoso. Não tem um aluno que não reclame”, conta.

A situação chegou a tal ponto que Ronaldo convocou alunos da escola e moradores da quadra para uma manifestação contra a insegurança. “Quase todos que passam por aqui já foram assaltados, sem contar as residências que foram furtadas e roubadas. Por isso, faço esse apelo”, desabafa o vigilante. O protesto ocorreu na segunda-feira.

O técnico de manutenção Stefano Fantino, 58 anos, presenciou homicídio na área. “Há algum tempo, vi um rapaz ser morto dentro de um carro. A casa do meu vizinho foi furtada. Quer dizer, infelizmente, depois que vim para cá, há dois anos, a violência só aumenta”, afirma, pedindo por mais iluminação no local.

E parece que há consenso acerca da má iluminação na quadra. Um dos representantes do IFB de Taguatinga Norte, que preferiu não se identificar, pois aguarda resposta do GDF, acredita que a ausência de claridade agrava a violência. “Tem aluno que chega sem tênis porque foi assaltado no caminho”, lembra um dos coordenadores da escola, que tem, hoje, 1,1 mil matriculados.

Apenas faixas de pedestre e sinalização

Um dos coordenadores da escola diz que, há aproximadamente um ano, o vice-governador, Renato Santana, junto a outros órgãos públicos, como o Detran, foi ao local para falar sobre a situação. De lá para cá, relata, “apenas as faixas de pedestre e sinalização foram colocadas em frente ao instituto”.

Segundo uma aluna da instituição, Almeriana Silva, 34 anos, o jeito é andar sempre acompanhada para, pelo menos, tentar evitar os assaltos. “Nós vamos para a casa em uma espécie de comboio. Os que moram por perto esperam os outros pegarem seus ônibus para voltar para suas residências. Graças a Deus, eu, pelo menos, nunca sofri nada. Mas ouvimos muitos relatos de roubos, inclusive na parada de ônibus”, conta.

Patrulhamento

O comandante do 2º Batalhão, de Taguatinga, coronel Rojas, por meio da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF), destacou que a M Norte é bem patrulhada. Além disso, respondeu, a área recebe atenção especial da polícia. O policiamento na região é feito por meio de viaturas.

“Todo o trabalho da Polícia Militar é feito por meio de manchas criminais elaboradas pela Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social, que mostram os dias, horários e locais de maior incidência dos crimes. O batalhão mantém um canal de comunicação direto com a população via Whatsapp. O número é 8301-1149 e pelo telefone fixo 3910-1700. Os dois números podem ser utilizados pela população para fazer denúncias”, apontou o órgão.

O Jornal de Brasília procurou ainda a Administração Regional de Taguatinga, que não respondeu até o fechamento desta edição.

Saiba mais

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o roubo a transeuntes é um dos crimes contra o patrimônio monitorados de forma prioritária pelo projeto Viva Brasília – Nosso Pacto pela Vida.

Em Taguatinga, houve redução de 19,1% desse tipo de crime, com ocorrências que passaram de 4.073 em 2014 para 3.297 em 2015. Já o roubo a residências entrou, neste ano, para o rol dos crimes contra o patrimônio acompanhados de forma prioritária.

Na região, os roubos a residências sofreram redução de 27,5%, com 69 ocorrências  em 2014 e 50 em 2015.

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