Em condições favoráveis, observadores poderão presenciar 30 meteoros por hora
A chuva de meteoros Eta Aquarídeos – resquícios do cometa Halley – terá seu apogeu na madrugada da próxima quinta-feira (5) para sexta-feira (6). O fenômeno poderá ser visto em todo o Brasil, no horizonte leste do céu, a partir das 3 horas da manhã. De acordo com o astrônomo e físico da Universidade Federal de São Carlos, Gustavo Rojas, essa é uma boa oportunidade para ver uma chuva de meteoros este ano, pois as condições estarão favoráveis para observação: a Lua Nova favorece quem deseja apreciar o fenômeno.
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Para observar com tranquilidade a passagem dos resquícios do Halley, os entusiastas devem olhar para o horizonte Leste do céu em direção à constelação de Aquário, procurando pelo planeta Vênus. O melhor horário para observação é às 5 horas. O astrônomo sugere que observadores busquem locais escuros, longe das grandes cidades e reservem pelo menos uma hora para olhar para o céu – após 30 minutos, os olhos se acostumam com a escuridão e será possível ver o fenômeno no horizonte do céu. Mas o físico alerta para o uso do celular. “Nada de ficar olhando no celular. A atividade dos meteoros é inconstante e imprevisível. Podem se passar vários minutos sem nenhum meteoro e de repente 3 ou 4 aparecem em sequência”, diz Rojas.
Segundo a Nasa, podem ser vistos cerca de 30 meteoros por hora durante a chuva de Eta Aquarídeos, que ocorre tradicionalmente no início do mês de maio, mas Rojas lembra que esse número só pode ser atingido em condições ideais para a observação – caso contrário, 15 meteoros por hora é uma média mais razoável.
Origem – A chuva de Eta Aquarídeos é relacionada ao cometa Halley, um dos mais famosos eventos espaciais – que ainda está longe de se repetir. Como o astro nos visita a cada 75 anos, e passou pela Terra pela última vez em 1986, a projeção é que seja possível vê-lo novamente em 2061, mas as partículas de poeira deixadas pela passagem do cometa há séculos atrás podem ser vistas hoje em formas de meteoros. Quando a Terra atravessa a região do espaço por onde ele passou, esses detritos penetram na atmosfera terrestre e a poeira e o ar à sua volta se aquecem, dando origem aos meteoros, popularmente chamados de estrelas cadentes.