Entre as razões para o aumento estão a elevação das infecções respiratórias e a contração dos vasos sanguíneos
Em comparação com o verão, os infartos aumentam 30% durante o inverno. De acordo com Luiz Antônio Machado César, diretor da Unidade de Doença Coronária Crônica do Instituto do Coração (Incor), três razões contribuem para isso: elevação das infecções respiratórias, contração dos vasos sanguíneos e maior produção de substâncias que favorecem a formação de coágulos pelo fígado.
Pessoas com doenças cardíacas, diabetes, ou hipertensão já correm um risco aumentado e, por isso, precisam se proteger mais do frio e evitar os grandes contrastes de temperatura. “Com infecção respiratória, quem sofre de doença coronária tem mais risco de ter uma ruptura de uma placa de gordura, e infartar. No frio, os vasos costumam contrair mais”, destaca o professor.
Ainda de acordo com o especialista, as baixas temperaturas também podem elevar a ocorrência de acidente vascular cerebral (AVC). Outra doença relacionada à circulação e a períodos frios: o agravamento da aterosclerose — depósito de placa de gordura e cálcio na parede das artérias. Com a vasoconstricção, há a diminuição do diâmetro do vaso arterial.
Prevenção — Para prevenir problemas cardiovasculares agravados pelo frio é importante estar em dia com a vacina contra a gripe e manter-se agasalhado. “Uma inflamação causada por infecção grave, como a gripe, tendo ou não pneumonia associada, aumenta o risco de infarto. Por isso, quando se vacinam as populações contra a gripe, o idoso é prioridade, porque a medida reduz a taxa da doença na população idosa.”, explica Machado César.