Segundo um novo estudo, pessoas que leem livros de romance ou ficção vivem dois anos mais em relação às que não têm o hábito
Não importa se é Harry Potter ou Machado de Assis, ler livros de romances ajuda a viver mais. De acordo com um estudo publicado recentemente no periódico científico Social Science end Medicine, esses leitores vivem, em média, dois anos mais em relação aos que não possuem o hábito. É claro que ler jornal, revista ou periódicos também traz benefícios para a longevidade, mas não tantos.
Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, analisaram informações sobre a saúde e os hábitos de leitura de 3.635 pessoas com, pelo menos, 50 anos de idade. Os participantes foram divididos em três grupos: no primeiro ficaram aqueles que não costumavam ler livros; no segundo, aqueles que tinham o hábito de ler algum livro por até três horas e meia semanais; e, por último, aqueles que passavam mais de três horas e meia por semana lendo.
Os resultados mostraram que os participantes que tinham o hábito de ler livros viviam, em média, dois anos a mais do que aqueles que não leem. Os pesquisadores concluíram também que as pessoas que passam mais de três horas e meia por semana lendo correm um risco de morte 23% menor do que aquelas que não leem nunca. Outra conclusão do estudo é que mulheres com nível universitário e renda alta tendem a ser as leitoras mais ávidas desse tipo de literatura.
Embora não saiba afirmar o motivo dessa relação, Becca Levy, autora do estudo, afirma que as pessoas que relataram ler livros por apenas meia-hora por dia tinham maior probabilidade de sobrevivência do que aquelas que não liam nunca. “Essa vantagem permaneceu mesmo após ajustes para renda, educação, capacidade cognitiva e outras variáveis. Estes resultados sugerem que os benefícios da leitura de livros incluem uma vida mais longa para lê-los”, escreveu a autora.