A Polícia Civil e o MPDFT afirmam que cirurgias eram sabotadas pelos médicos para que o paciente necessitasse novos procedimentos, o que geraria lucro para o esquema
Polícia Civil realiza condução coercitiva contra o diretor do Hospital Home, Cícero Henrique Dantas Neto
Ao menos 60 pacientes foram lesados só este ano por uma das empresas investigadas na Operação Mister Hyde. A suspeita é de que tenha sido constituída uma organização criminosa que envolva procedimentos médicos desnecessários com o uso de órteses e próteses de qualidade inferior ou com data de validade vencida, compradas com preços superfaturados. Segundo a Polícia Civil, o grupo tentou matar um paciente que ameaçava denunciar a quadrilha, deixando um arame de 50 cm na jugular dele. Em outros casos, as cirurgias eram sabotadas pelos médicos para que o paciente necessitasse novos procedimentos, o que geraria lucro para o esquema.
Os crimes teriam sido praticados nas esferas pública e privada da Saúde. Segundo a investigação, um dos alvos é coordenador de uma área da Secretaria de Saúde. A apuração da Mister Hyde evidencia casos em que cirurgias eram sabotadas pelos médicos para que o paciente necessitasse novos procedimentos, o que geraria lucro para o esquema. Além de utilizarem produtos vencidos, os envolvidos também trocavam produtos mais caros por outros de menor custo.
Dinheiro apreendido
Ainda segundo a Polícia Civil, o esquema movimenta milhões de reais em cirurgias, equipamentos e propinas. Durante as buscas, R$ 51 mil foram encontrados na casa de um dos médicos, outros R$ 100 mil na casa de outro alvo além de US$ 90 mil dólares e euros. Em outra residência no Sudoeste, foram apreendidos aproximadamente R$ 69 mil, grande documentação de clientes e um cofre que o autor se recusa a abrir.
Promotores de Justiça e policiais civis cumprem 12 mandados de prisão, sendo sete temporárias e cinco preventivas, 21 mandados de busca e apreensão e quatro conduções coercitivas, quando a pessoa é levada para depor. Entre os presos estão o dono da empresa TM Medical e líder do esquema, John Wesley e um sócio da empresa Micael Bezerra Alves. Uma condução coercitiva é contra o diretor do Hospital Home, Cícero Henrique Dantas Neto. O médico dono de uma clínica no Setor Hospitalar Sul, Rogério Damasceno, um dos mais atuantes do esquema.
Sócio da empresa TM Medical, John Wesley, sendo conduzido pela Polícia Civil
Autorizada pela 2ª Vara Criminal de Brasília, a operação é uma parceria da Polícia Civil, com as Promotorias de Defesa da Vida (Provida) e de Proteção ao Sistema de Saúde (Prosus) do MPDFT. As ações desta manhã mobilizam 240 policiais civis, entre delegados e agentes. A Mister Hyde ocorre com o acompanhamento de membros do Ministério Público, entre eles 21 promotores, 21 agentes de segurança do MP.
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