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segunda-feira, 23/12/24
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PT elabora nota de apoio a Lula para ser lida por candidatos em campanha

‘Não é que ela será obrigatória’, disse o presidente do partido, Rui Falcão. Partido anuncia que renovará direção nacional no início de 2017.

Rui Falcão durante pronunciamento no Centro de São Paulo (Foto: Tahiane Stochero/G1
Rui Falcão durante pronunciamento no Centro de São Paulo (Foto: Tahiane Stochero/G1

O presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que o partido divulgará, no fim de semana, uma nota de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que os candidatos petistas a prefeito em todo o país leiam durante seus programas eleitorais. A iniciativa ocorre após o Ministério Público Federal (MPF) denunciar  por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O comunicado terá cerca de 30 segundos, segundo Falcão. Ele negou que tenha conversado com um ou outro candidato específico, como o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad. “A nota será encaminhada aos candidatos como sendo recomendação do diretório nacional”, afirma Rui.

“Não é que ela será obrigatória, nossa ideia é que possa ser feita. Alguns candidatos, como o de Vitória, já fizeram de forma voluntária [o pronunciamento a favor de Lula]”, disse. Também será feito um calendário de manifestações em apoio a Lula.

Falcão negou que o partido tenha outros nomes caso Lula seja condenado em segunda instância pela Justiça Federal no Paraná, onde tramitam os inquéritos da Lava Jato, o que levaria o ex-presidente a perder os direitos políticos e não poder se candidatar em 2018.

Falcão voltou a criticar a denúncia do MPF “que pegou mal” e que “há um golpe articulado para destruir e interditar uma tríade”, formada, segundo ele, por Dilma, Lula e o PT. “O alvo agora é o Lula. E a investida contra o Lula é contínua e o objetivo agora é este, impedir que ele seja candidato  em 2018.”

Renovação do partido
Falcão também anunciou que haverá renovação da direção do partido para o primeiro semestre de 2017. O objetivo, segundo ele, é fazer com que a nova direção já esteja ajustada aos padrões do partido para as eleições de 2018. Ele disse, também, que não irá concorrer para a presidência do partido no ano que vem.

A renovação do partido ocorrerá por meio de um congresso de base, que será lançado em uma reunião em 7 de outubro, quando será feito também um balanço do primeiro turno das eleições.

Falcão disse que Lula não quer ser presidente do partido. “Ele não quer. Ele apresenta dois argumentos: se nós queremos renovar o partido, ele já foi presidente, e renovação é para abrir espaço para novos. O outro é que, se querem atacar ele e o PT, mata dois coelhos numa cajadada só”, disse.

Questionado sobre se Lula é o pré-candidato do partido, respondeu: “É o nome que é querido e desejado pela sociedade. Não é só o PT. Mas nós temos várias lideranças regionais, sindicais”, disse.  “Os adversários veem ele como melhor nome. Mas não estamos cogitando candidato.”

Segundo Falcão, “não há intenção do partido de fazer oposição [ao governo federal] por muito tempo”. Isso porque, segundo ele, o PT quer voltar ao poder. “Não seremos oposição por muito. Me deixe esclarecer: não queremos ser oposição por muito tempo porque queremos voltar ao governo e queremos mostrar alternativas para a retomada do crescimento”, disse. “Nós queremos recuperar nosso legado de mudanças.”

 

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