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quarta-feira, 25/12/24
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Erundina diz que ‘voto útil não é democrático’ e acredita em 2º turno

Candidata do PSOL fez caminhada no Jardim Varginha, Zona Sul de SP. Ela diz que não há motivo para pedir voto em Haddad no primeiro turno.

A candidata do PSOL à eleição para a Prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina, participa de caminhada no Jardim Varginha, Zona Sul (Foto: Will Soares/G1)
A candidata do PSOL à eleição para a Prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina, participa de caminhada no Jardim Varginha, Zona Sul (Foto: Will Soares/G1)

A candidata do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Luiza Erundina, afirmou nesta terça-feira (27) estar “animada” com as chances de ir ao segundo turno. Ela descartou pedir aos seus eleitores que votem, no próximo domingo (2), no candidato Fernando Haddad (PT), que aparece com mais chances de seguir no pleito municipal, segundo pesquisas Datafolha e Ibope. “Voto útil não é democrático”, disse Erundina, ao fim de uma caminhada pelo Jardim Varginha, no extremo Sul da cidade, nesta terça-feira (27).

“Acho que dois turnos é para a pessoa ter a liberdade de escolher aquele ou aquela que entende como melhor. Segundo turno você decide dentre dois. Cada um decide qual é o melhor ou menos ruim, digamos assim”, acrescentou a candidata.

De acordo com Erundina, não há motivo para pedir aos seus eleitores que votem em Haddad no primeiro turno para aumentar as chances de eleição de um governo com ideais mais de esquerda, já que PSOL e PT têm projetos distintos.

“O projeto do PT não é o projeto do PSOL. Por isso que tem o PSOL. Aliás, alguns de nós viemos do PT. Se fôssemos tão iguais e pudéssemos estar juntos em tudo que desse, não tinha porque ter dois partidos”, justificou ela.

Para a candidata do PSOL, sua queda nas pesquisas coincide com o início das propagandas eleitorais na televisão. “Nós temos 10 segundos. Começamos a cair nas pesquisas exatamente a partir da propaganda dos outros, que são de 3 minutos, 2 minutos. Quer dizer, aí não faz milagre. Mas ainda estamos sentindo nas ruas uma reação, uma aceitação e uma vontade de ajudar nessa campanha que não estão refletidas nessas pesquisas.”

Erundina lembrou as eleições municipais de 1988 e disse se basear nela para não se considerar carta fora do baralho na disputa de 2016. Na oportunidade, há quase 30 anos, ela aparecia em terceiro nas pesquisas, mas acabou indo ao segundo turno e se tornou prefeita da capital paulista.

“Nós estamos animados. Não estamos desistindo. Muito pelo contrário. Voto útil é uma imposição de um jogo que não é nada democrático”, completou ela.

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