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segunda-feira, 23/12/24
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Obama nomeia embaixador em Cuba após mais de meio século

A escolha por colocar Jeffrey DeLaurentis como embaixador na ilha ainda precisa ser aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos

Jeffrey DeLaurentis, com Michelle Obama e Barack Obama, em visita à Cuba, em março - 20/03/2016 (Carlos Barria/Reuters)
Jeffrey DeLaurentis, com Michelle Obama e Barack Obama, em visita à Cuba, em março – 20/03/2016 (Carlos Barria/Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeou nesta terça-feira o primeiro embaixador norte-americano em Cuba, após mais de cinquenta anos de relações diplomáticas rompidas. Obama escolheu o diplomata Jeffrey DeLaurentis, que era encarregado da Secretaria de Estado dos negócios com Cuba, desde agosto de 2014. A nomeação, porém, ainda precisa ser ratificada pelo Senado e deve virar uma batalha feroz, com oposição de republicanos à abertura para a ilha comunista.

“A liderança de Jeff tem sido vital para a normalização das relações entre Estados Unidos e Cuba. Não há figura pública melhor para impulsionar nossa habilidade em engajar o povo cubano e para defender os interesses americanos no país”, declarou Obama. A informação foi confirmada pela Casa Branca, seis meses após a histórica visita do democrata à ilha, que se tornou o primeiro presidente americano a pisar em solo cubano em quase noventa anos. O último tinha sido John Calvin Coolidge Jr. no final dos anos 1920.

A indicação de um novo embaixador em Havana é mais um passo de reaproximação entre os dois países, que anunciaram que retomariam as relações em 17 de dezembro de 2014. Foram mais de 18 meses de negociações secretas mediadas pelo papa Francisco e pelo governo do Canadá.

Em julho do ano passado, os dois países reabriram suas respectivas embaixadas e, desde então, uma série de medidas foram tomadas, como a retomada de voos comerciais e a navegação de navios de cruzeiros. Apesar dos avanços, Obama ainda não conseguiu retirar o embargo econômico a Cuba, nem avançar nas negociações sobre o status dos dissidentes políticos e do respeito aos direitos humanos na ilha.

(Com ANSA)

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