Batida aconteceu na L4 Sul, em Brasília, no domingo. De acordo com bombeiros, testemunhas disseram que colisão foi provocada por ao menos três veículos que faziam ‘pega’.
mulher do designer Ricardo Cayres que morreu no domingo (30) após acidente de carro em Brasília afirmou em uma rede social que o marido e a sogra “não vão virar estatística”. A revisora Fabricia de Oliveira Gouveia disse que irá fazer o que estiver ao alcance dela para punir os culpados pela morte do marido.
“Agora, depois de todas as providências tomadas, eu junto meus pedacinhos para comunicar que sim, eram meu marido e minha sogra naquele carro que foi atingido por um outro carro que estava participando de um racha, de acordo com as testemunhas.”
A batida aconteceu na L4 Sul, em Brasília, próximo à Ponte das Garças. A colisão seguida de capotagem ocorreu por volta das 19h30. De acordo com o Corpo de Bombeiros, testemunhas disseram que o acidente foi provocado por, ao menos, três veículos que faziam um “racha”.
Com o impacto do choque, o carro da família perdeu o controle e invadiu o gramado lateral, segundo os bombeiros. Ao atingir uma árvore, voltou para a pista capotando. Cleusa Maria Cayres e Ricardo Clemente Cayres, que estavam no banco de trás, morreram na hora.
No carro, havia outras duas pessoas que foram levadas ao Hospital de Base. Uma de 37 anos – não identificada – estava “consciente, desorientada e estável”. A outra, o pai da família, de 72 anos, foi socorrido com ferimento na cabeça e lesão no braço direito. Os demais motoristas envolvidos não tiveram ferimentos.
De acordo com dados do Detran, desde janeiro, o órgão aplicou 489 multas a pessoas que praticavam “racha” com o carro no Distrito Federal. Em todo o ano passado, foram 1.424 infrações do tipo. Comparado os números de 2017 com as estatísticas do mesmo período de 2016, as autuações subiram 5%.
Na publicação, Fabricia contou que estava com Ricardo Cayres há 10 anos e pediu ajuda aos amigos para fazer com que os suspeitos sejam punidos. Na terça-feira (2), após a divulgação dos depoimentos dos motoristas envolvidos no acidente, Fabricia chamou Eraldo e Noé de “monstros” e escreveu que iria fazer o “impossível para que eles nunca mais machuquem ninguém”.
“Ver o carro que a gente usava para ir ao trabalho, para dar carona a pessoas queridas, para ir à casa dos nossos amados, para transportar nossos cachorros, ver esse carro destruído é como ver meu coração destroçado neste asfalto. ”