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quinta-feira, 28/11/24
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Polícia prende investigado por suposto desvio de dinheiro em consórcio do DF

Ex-superintendente do Corsap, Arquicelso Bites, foi preso em operação da Polícia Civil. Ele teria forjado contrato de prestação de serviços com empresa de Valparaíso de Goiás, diz PCDF.

O ex- superintendente do consórcio criado pelo governo do Distrito Federal para fazer a gestão do lixo no DF e no Entorno, Arquicelso Bites, foi preso na operação da Polícia Civil que investiga o desvio de dinheiro público do grupo Consórcio Público de Manejo dos Resíduos Sólidos e de Águas Pluviais (Corsap). A operação foi deflagrada nesta terça-feira (30).

Segundo as investigações, o ex-superintendente teria forjado um contrato de prestação de serviços com uma empresa de comunicação de Valparaíso de Goiás, a DF Comunicação, e teria repassado cheques de até R$ 59 mil. De acordo com a PCDF, os valores não eram entregues para dona da empresa.

O delegado apontou que a empresa aceitou participar do esquema com a promessa de firmar contratos futuros. “Nessa gestão foram firmados mais oito contratos, aproximadamente, e estamos analisando agora a regularidade dos demais contratos”, disse Jonas Bessa.

Em 2014, Arquicelso Bites foi superintendente do consórcio, depois de ter sido assessor de gabinete e secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana, no governo Agnelo Queiroz (PT).

Segundo o relatório da Controladoria Geral do DF, ao longo desse período, o consórcio não prestou contas. Na época, o Corsap funcionava no oitavo andar do anexo do Palácio do Buriti. Durante a gestão de Arquicelso, o GDF repassou R$ 480 mil reais ao consórcio.

O Corsap informou que Arquicelso está afastado desde janeiro de 2015. A polícia disse que o militar Edson prestou esclarecimentos mas não respondeu se o PM vai ser afastado. Até a publicação desta reportagem, a TV Globo não tinha conseguido contato com a DF Comunicação.

Ex-superintendente do Corsap é preso

Ex-superintendente do Corsap é preso

A operação desta terça também foi contra um primo do ex-superintendente, o policial militar Edson Cândido Ismael Junior. A reportagem não conseguiu contato com os advogados dos suspeitos até a publicação desta reportagem.

“Para não deixarem rastros, eles emitiam cheques em nome dessa empresa e o policial militar acompanhava, inclusive, uma sócia dessa empresa no desconto desses cheques. Então eles pegavam esses valores em espécie”, afirmou o delegado responsável pelo caso, Jonas Bessa.

A polícia expediu um mandado de condução coercitiva contra o PM. Ele prestou esclarecimentos e foi liberado. Segundo os investigadores, o policial militar do DF era o responsável por pegar o dinheiro no banco e entregar a Arquicelso Bites. Na casa do PM, em Valparaíso de Goiás (GO), os agentes apreenderam contratos, um talão de cheque e documentos do Corsap.

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