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quinta-feira, 28/11/24
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Escritora usa cordel para falar de direitos e cidadania no DF

‘Cordel pode ser um instrumento educativo’, diz Onã Silva. Novo trabalho será lançado na Feira do Livro de Brasília, neste sábado.

Escritora reconhecida por adaptar temas de interesse público à literatura de cordel, Onã Silva recita poesias sobre leis trabalhistas na 33ª edição da Feira do Livro de Brasília neste sábado (24), às 18h. Na obra “Cordel do trabalhador: do labor até o burnô”, lançada durante feira, Onã aborda direitos de maternidade, férias remuneradas, ambientes de trabalho e assédio moral.

Para facilitar o entendimento da Consolidação das Leis do Trabalho (nº 5.452), escrita em 1943 com 922 artigos, a escritora utilizou-se dos artifícios da poesia.

“O cordel, que é democrático, popular e tem humor mais aberto pode ser um instrumento educativo para o cidadão conhecer os seus direitos.”

“As questões sociais sempre me influenciam muito. Desnutrição, desigualdade, crise política. Nos anos 2000 comecei a fazer projetos temáticos. Para isso, estudo muito e só depois faço a ressignificação poética.”

Esta não é a primeira vez que Onã vale-se da arte para disseminar o acesso à informação. Conhecida como a “poetisa do cuidar” pelo caráter social de suas poesias, em 2013, ela publicou “Histórias de enfermagem no universo de cordel”, obra considerada a primeira a abordar o tema de saúde na literatura de cordel pelo site Rank Brasil.

Nascida em Goiás, com influências nordestinas que vêm de berço, Onã escolheu Brasília para viver e aqui publicou mais de 20 obras. Enfermeira, atriz, poetisa, especialista em saúde pública, mestre e doutora em educação, a artista diz que “nasceu poetisa”.

A Feira do Livro de Brasília funciona das 10h às 19h até domingo (25) na área externa do shopping Pátio Brasil, na Asa Sul. O livro de Onã Silva, que tem 120 páginas e 20 cordéis, custa R$ 20..

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