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sábado, 23/11/24
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QUATRO PERIGOS DOS REMÉDIOS PARA EMAGRECER QUE VOCÊ NÃO PODE FICAR SEM SABER

Recentemente, na novela “Malhação”, da TV Globo, uma das protagonistas foi parar no hospital pelo uso indevido de remédios para emagrecer. Naturalmente, a polêmica voltou à tona, não só pelo uso de adolescentes, mas de pessoas de todas as idades que querem uma solução instantânea para perder peso. Pensando nisso, conheça quatro grandes perigos dessa prática e corra deles!

Uso sem orientação médica

Em farmácias sérias, os remédios para emagrecer não podem ser comprados sem receita, mas na internet a venda é deliberada. “O problema é que, além de por sua saúde em risco, não se sabe o que está comprando, pois ninguém regula esse mercado informal: a dose pode ser maior ou menor, pode ser falso, pode ser apenas farinha. Você pode tomar? Sim ou não? Se sim, pode tomar qualquer um dos tipos que existem? Se for cardiopata ou hipertenso, por exemplo, as consequências podem ser gravíssimas, já que estes não podem tomar de jeito nenhum“, explica o Dr. Wilmar Accursio, endocrinologista e nutrólogo, Presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Envelhecimento e Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Estética.

Tomar por tempo prolongado

Um dos maiores perigos, segundo o Dr. Wilmar, é “não ter a consciência de que é para tomar no máximo de três a seis meses, com orientação médica. O profissional pode interromper o tratamento caso ache necessário ou o paciente não esteja cumprindo as atividades complementares, como dieta e exercícios. Quando ele avisa, o que a pessoa faz? Troca de médico! Assim, o novo especialista não tem ideia do que vinha sendo feito antes, e só sabe quando o paciente cai em si e conta ou a família conta.  Em suma, o medicamento pode ser usado várias vezes na vida, com intervalo mínimo de um ano, mas não a vida toda”.

A insônia é um dos efeitos colaterais mais prejudiciais no dia a dia, podendo afetar o profissional e o pessoa. 

Efeitos colaterais

De acordo com o endocrinologista, os mais frequentes são irritabilidade, depressão, insonia, alteração de humor, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, intestino preso, tremores e dor de cabeça. “Isso não impede a utilização com orientação médica e por pouco tempo, mas os efeitos podem ser proporcionais a dose: quanto mais você toma, maiores as chances, entretanto, ainda assim, a dose e a sensibilidade a ela variam de organismo para organismo. Quando parar? Quando estiver atrapalhando a vida pessoal e profissional de maneira intensa”.

Outro aspecto importante aqui é a associação de medicamentos para contrabalancear esses efeitos colaterais. “Tomar algo para combater a dor de cabeça, a irritabilidade, a insônia, e por aí vai. Não tem cabimento dar outro remédio para atenuar esses efeitos, senão causa um empilhamento, somando um que não é essencial, quando o certo seria parar com o medicamento atual e trocar por outro“, esclarece o expert.

Dependência psicológica

Ao contrário do que se pensa, a dependência psicológica é muito maior do que a química, que pode existir, sim, “mas não é o que acontece para a maioria dos pacientes. A dependência é muito mais emocional. Você pensa que não vai conseguir sem essa droga, que vai parar e engordar 20 quilos. O grande erro é que, em geral, a perda de peso fica baseada só no remédio e não em torno de uma mudança de hábito, desse modo, quando a pessoa para de tomá-lo, pode engordar tudo de novo. Ele é apenas uma ajuda para você treinar uma reeducação alimentar“, diz o especialista.

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