As provas que embasaram a denúncia encaminhada à Justiça são decorrentes da Operação Trick, deflagrada em abril de 2015 pela Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf), da Polícia Civil do DF.
Segundo a Procuradoria-geral de Justiça do DF, a parlamentar, que preside a Comissão de Assuntos Fundiários (CAF) da Câmara Legislativa, não só teria fraudado os dois diplomas, mas certificados de especializações e os históricos escolares do curso de políticas públicas e sociais. As investigações, que incluem interceptações telefônicas, apontam que Telma Rufino sequer frequentou a faculdade.
Por meio de sua assessoria, Telma Rufino disse que “está tomando as devidas providências junto a sua defesa para que o caso seja esclarecido”. O processo tramita em segredo de Justiça. A distrital deve responder por falsificação de documento público e, se condenada, pode pegar 10 anos de prisão, além de se tornar inelegível. O caso será analisado pelos desembargadores do Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
Operação Trick
A parlamentar entrou na mira da Polícia Civil do DF durante as investigações sobre um suposto esquema criminoso para a captação de recursos públicos para campanhas eleitorais em 2014, investigado pela Operação Trick. Na época, o PPL tentou reaver o mandato dela para o partido, mas não conseguiu aval da Justiça Eleitoral.
A casa da distrital chegou a ser alvo de mandados de busca e apreensão. No entanto, para a Polícia Civil, Telma Rufino não tinha envolvimento direto com as fraudes praticadas pela quadrilha. “Embora tivesse ciência da abertura de contas bancárias em nome de empresas de fachada não há qualquer vinculação com os desvios fraudulentos”, conforme destacou a corporação na época.